Deslizamento interdita Niemeyer: trânsito caótico e risco de novos desabamentos no Rio
Deslizamento interdita Niemeyer no Rio

A natureza mostrou mais uma vez sua força implacável nesta quarta-feira. A Avenida Niemeyer, aquela estrada sinuosa que beira o mar entre São Conrado e Leblon, amanheceu com um cenário digno de filme catástrofe. A terra simplesmente resolveu descer morro abaixo — e não foi pouco.

Parece que a montanha cansou de ficar quieta no seu lugar. Uma parte considerável do talude, sabe aqueles barrancos que a gente nem repara quando passa correndo?, decidiu vir abaixo durante a madrugada. E não foi um simples deslizamentozinho, não. Foi algo que fechou duas das três faixas no sentido Zona Sul-Barra.

O caos no trânsito carioca

O resultado? O que você já pode imaginar. O trânsito na região está simplesmente infernal. Quem precisa ir para a Barra da Tijuca está tendo que buscar rotas alternativas — e olhe lá. A Avenida das Américas, claro, já está sofrendo o efeito dominó.

A CET-Rio, sempre tentando dar um jeito na bagunça, orienta os motoristas a evitarem a região como se fosse fogo. Melhor dar uma volta maior do que ficar preso horas nesse congestionamento monstro que se formou.

Risco iminente de mais problemas

Aqui é que a coisa fica mais preocupante. A Defesa Civil foi lá, deu uma olhada no estrago e soltou o veredito: a área ainda corre perigo. Sim, pode ter mais terra vindo aí, gente. Eles classificaram como "risco alto" de novos deslizamentos.

Não é alarmismo não. A equipe técnica avaliou que o talude continua instável — e com a previsão de mais chuva nos próximos dias, a situação pode piorar bastante. Aquele barulhinho de terra caindo que os moradores relataram pode ser só o começo.

E agora, o que fazer?

A prefeitura já acionou a Geo-Rio, que é quem entende desses problemas de encostas. Eles vão precisar fazer uma avaliação mais detalhada — e só depois disso é que começa o trabalho de estabilizar a área. Isso não é coisa rápida, infelizmente.

Enquanto isso, a interdição parcial continua. Só uma faixa liberada, e mesmo assim com extremo cuidado. A recomendação é clara: evitem a região a menos que seja absolutamente necessário.

Mais um lembrete de que, por mais que a gente tente domar a natureza, ela sempre manda a conta. E no Rio, com esses morros colados na cidade, a conta às vezes chega de repente — e na forma de terra e pedras.