Paquistão em luto: chuvas torrenciais deixam mais de 340 mortos e cenário de devastação
Chuvas no Paquistão deixam mais de 340 mortos

O Paquistão está mergulhado em uma tragédia de proporções bíblicas. Nem mesmo os mais velhos — aqueles que ainda se lembram das grandes inundações de 2010 — conseguem lembrar de algo parecido. As águas não dão trégua, e o número de mortos não para de subir: 340 almas perdidas até agora, segundo o último balanço das autoridades.

Parece até maldade da natureza. Enquanto algumas regiões do planeta sofrem com secas implacáveis, o Paquistão afunda literalmente sob chuvas que já duram semanas. As imagens que chegam são de cortar o coração — casas arrastadas como barquinhos de papel, estradas que viraram rios, sobreviventes agarrados a árvores como último refúgio.

O desastre em números

  • Mais de 340 mortos confirmados
  • Dezenas de desaparecidos
  • Pelo menos 8.000 casas destruídas
  • Comunidades inteiras isoladas
  • Prejuízos incalculáveis na agricultura

"É como se o céu tivesse resolvido desabar de uma vez", desabafa um voluntário da Cruz Vermelha, com a voz embargada. Nas áreas mais atingidas, os socorristas trabalham contra o relógio — quando conseguem chegar, porque muitas estradas simplesmente não existem mais.

O que dizem os especialistas?

Os meteorologistas não têm boas notícias. Essa temporada de monções está sendo particularmente cruel, com volumes de chuva até 87% acima da média em algumas regiões. E o pior? A previsão é de que continue assim por pelo menos mais uma semana.

Não é só água, claro. Com as enchentes vêm os deslizamentos de terra, as doenças, a falta de comida... Uma cadeia interminável de sofrimento. Os hospitais que ainda estão de pé estão abarrotados de casos de dengue e cólera — como se já não bastasse a COVID-19, que continua por lá.

Enquanto isso, o governo declara estado de emergência e promete ajuda internacional. Mas nas ruas — ou melhor, no que sobrou delas — a população pergunta: quando essa ajuda vai chegar de verdade?