
Parecia cena de filme de terror. Na calada da noite, quando o silêncio deveria reinar absoluto, o Maranhão acordou com um susto das grandes proporções. De repente — sem aviso, sem explicação — a escuridão tomou conta de cidades inteiras. E não foi coisa de minutos, não.
Quem estava acordado por volta das 3h30 da madrugada desta terça-feira (14) testemunhou algo que parece cada vez mais frequente por essas bandas: o famigerado apagão. E olha, quando digo apagão, é apagão mesmo — daqueles que fazem você se perguntar se voltou à era das cavernas.
O que a Cemar tem a dizer?
A Companhia Energética do Maranhão, nossa conhecida Cemar, não perdeu tempo — ou pelo menos tentou não perder — em se manifestar. Através daqueles comunicados padronizados que tanto conhecemos, a empresa confirmou o óbvio ululante: sim, houve mesmo uma interrupção no fornecimento.
Mas e a causa? Ah, essa é a parte que sempre nos deixa com mais perguntas que respostas. A tal da "falha em equipamento da subestação" — parece jargão técnico, mas no final das contas se traduz em uma noite perdida de sono para milhares de maranhenses.
E a população, como fica?
Imagina só: você dormindo tranquilamente, o ar-condicionado ligado — porque no Maranhão, convenhamos, isso é quase item de sobrevivência — e de repente... silêncio absoluto. O ventilador para, a geladeira cala, e aquela luzinha do carregador do celular some como mágica.
Pior ainda para quem trabalha durante a madrugada. Comércios que funcionam 24 horas tiveram que improvisar — e quando digo improvisar, é na base da vela e da lanterna do celular mesmo. Uma verdadeira volta ao século XIX, só que com a pressa do século XXI.
E os prejuízos? Bom, desses a gente só vai saber realmente quando as contas chegarem. Mas uma coisa é certa: quando a energia some, o prejuízo aparece — e como aparece!
O retorno — lento, mas gradual
Por volta das 5h30, duas longas horas depois do início do caos, a luz começou a voltar. Mas não foi como ligar um interruptor, não. Foi aos pouquinhos, como quem tem medo de assustar a rede elétrica.
Alguns bairros recuperaram o fornecimento mais rápido, outros demoraram um pouco mais — porque, convenhamos, quando se trata de energia elétrica no Brasil, a igualdade nunca foi nosso forte.
E enquanto isso, nas redes sociais, o que não faltava eram relatos. Gente reclamando, gente tirando sarro, gente preocupada com alimentos estragando na geladeira. O brasileiro, como sempre, mostrando sua resiliência — mesmo quando tudo o que quer é conseguir dormir um pouco antes do sol raiar.
Uma coisa é certa: mais uma madrugada que poderia ter sido de descanso transformou-se em pesadelo para muitos. E a pergunta que fica é: até quando vamos conviver com esses sustos noturnos?