Tragédia no Rio Preto: Corpo de adolescente é encontrado após 3 dias de buscas angustiantes
Adolescente afogado no Rio Preto é encontrado após 3 dias

Era como procurar uma agulha num palheiro molhado — só que pior, muito pior. Três dias inteiros de espera angustiante, até que as águas traiçoeiras do Rio Preto finalmente devolveram o que haviam levado.

Nesta terça-feira (27), por volta das 8h da manhã, o que ninguém queria encontrar acabou aparecendo. O corpo do adolescente de 17 anos — cujo nome a família pediu para não divulgar, sabem como é — foi localizado boiando a cerca de 1,5 km do ponto onde ele desapareceu. Coisa de meter frio na espinha, mesmo.

O Corpo de Bombeiros, aqueles heróis de uniforme que não medem esforços, confirmou a notícia que entalava na garganta de todo mundo desde sábado. Eles trabalharam sem parar, vasculhando cada centímetro daquele rio caprichoso que corta São João do Paraíso, no norte de Minas.

O que aconteceu, afinal?

Tudo começou num fim de semana que prometia ser tranquilo. O rapaz estava com amigos — porque adolescente sempre está em turma, não é mesmo? — quando resolveu entrar no rio por volta das 16h de sábado. Ninguém imaginava que aquele banho de verão ia terminar em tragédia.

Testemunhas contaram que ele simplesmente… sumiu. Uma correnteza sorrateira, aquelas que a gente subestima até ver o estrago, puxou o jovem para o fundo. Os amigos, em pânico, acionaram os bombeiros quase que imediatamente.

Busca incansável

Os bombeiros chegaram rápido, mas o Rio Preto — ironia do destino, o nome não poderia ser mais apropriado — não cooperou. Equipes terrestres e aquáticas reviraram as águas durante 72 horas seguidas. Até mergulhadores especializados entraram na jogada, mas o rio guardou seu segredo até esta manhã.

E olha, não foi falta de empenho. Os profissionais usaram botes, equipamentos de mergulho e até drones — tecnologia a serviço da esperança, mas às vezes nem isso basta contra a força bruta da natureza.

E agora?

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salinas, cidade vizinha. Lá vão fazer os procedimentos de praxe — autópsia, identificação formal — antes de devolver o jovem à família para o último adeus.

Enquanto isso, a comunidade de São João do Paraíso se pergunta como algo assim ainda acontece. Rio é rio, todo mundo sabe dos perigos, mas a gente sempre acha que «nunca vai ser comigo». Até que é.

Fica o alerta — e que alerta doloroso — sobre os riscos de nadar em rios sem vigilância profissional. Água parada pode enganar, e correnteza submersa é traiçoeira como poucas coisas na vida.