
Era pra ser mais uma compra rotineira do poder público, mas essa acabou dando o que falar — e como! O Ministério Público de Mato Grosso do Sul simplesmente puxou o freio de mão numa licitação que, convenhamos, tinha tudo para virar um verdadeiro caso de polícia. Estamos falando da aquisição de nada menos que 750 iPhones, com um preço tag que beirava os impressionantes R$ 16 milhões.
Parece piada, mas não é. Enquanto a maioria dos brasileiros sofre com preços absurdos no supermercado e contas que não fecham no fim do mês, alguém lá no MP achou que era uma boa ideia gastar uma pequena fortuna em smartphones de luxo. A pergunta que não quer calar: será que realmente precisavam de iPhones top de linha para trabalhar?
O estopim da polêmica
Quando a notícia vazou, a reação foi imediata — e furiosa. Nas redes sociais, nos grupos de WhatsApp, nas conversas de bar, todo mundo questionando o mesmo: como justificar um gasto desses em tempos de vacas tão magras? A verdade é que o timing não poderia ser pior, com tantas áreas essenciais precisando de recursos.
O MP-MS, pressionado pela comoção pública que se formou como um furacão, acabou recuando. Cancelou o processo licitatório, mas a pergunta ficou no ar: será que a ideia teria sido abandonada se a população não tivesse descoberto e feito tanto barulho?
Os números que assustam
Vamos fazer as contas, porque elas falam por si só. R$ 16 milhões divididos por 750 aparelhos dá mais de R$ 21 mil por iPhone! É dinheiro que daria para:
- Comprar equipamentos essenciais para hospitais públicos
- Melhorar a infraestrutura de escolas estaduais
- Investir em projetos sociais para comunidades carentes
- Ou simplesmente devolver aos cofres públicos
E olha que eu nem entrei no mérito da durabilidade desses aparelhos — que, como todo mundo sabe, têm vida útil limitada e daqui a alguns anos precisariam ser substituídos, iniciando todo esse ciclo gastador novamente.
O que diz o MP
Segundo a assessoria do Ministério Público, a licitação foi cancelada por "questões técnicas" e uma "reavaliação interna das necessidades da instituição". Tecnicamente, claro, a justificativa é perfeita. Mas entre nós, quem acredita que foi apenas uma coincidência o cancelamento acontecer justamente quando a notícia começou a circular e gerar indignação popular?
O certo é que, pelo menos por enquanto, o dinheiro público está seguro — e os iPhones continuarão nas lojas, esperando por compradores que usem o próprio bolso, e não o nosso, para adquiri-los.
Resta saber se essa história vai servir de lição, ou se é apenas um capítulo adiado da velha novela do desperdício de recursos que tanto prejudica nosso país. Uma coisa é certa: a população está de olho, e cada vez menos disposta a aceitar esse tipo de "gasto questionável" como normal.