
Parece que o tão aguardado Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte acabou de levar um susto dos grandes. A Justiça Federal, num daqueles reviravoltas que deixam todo mundo de cabelo em pé, decidiu suspender a licença ambiental da obra - e olha que estamos falando de um projeto de R$ 3,2 bilhões.
Não foi por pouco, não. O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entraram com uma ação alegando que o licenciamento passou por cima de várias exigências técnicas. A coisa tá feia.
O que deu errado no processo?
O juiz federal Leonardo de Castro Resende, da 2ª Vara Federal em BH, não ficou nada satisfeito com a forma como as coisas foram conduzidas. Ele basicamente disse que o Ibama e o Instituto Estadual de Florestas (IEF) aprovaram a licença sem resolver questões importantes - e isso é, no mínimo, preocupante.
Entre os problemas apontados estão:
- Falta de análise adequada sobre o abastecimento de água
- Questões mal resolvidas sobre desapropriações
- Estudos incompletos sobre o impacto nas comunidades
- Problemas na compensação ambiental
Parece aquela situação onde todo mundo quer acelerar, mas esquece de ver se a estrada tá mesmo pronta para receber o tráfego.
E agora, o que acontece?
A situação tá complicada, pra ser sincero. Com a licença suspensa, as obras podem ficar paralisadas - e isso significa mais tempo de espera para quem sofre com o trânsito caótico da região metropolitana.
O Rodoanel prometia aliviar a pressão sobre o Anel Rodoviário, que hoje funciona quase como um estacionamento a céu aberto nas horas de pico. Sem falar na melhoria do acesso ao Aeroporto de Confins, que sempre foi uma dor de cabeça para quem precisa pegar voos.
O pior de tudo? Ainda não tem prazo para normalização dessa situação. Enquanto isso, os motoristas continuam enfrentando os mesmos congestionamentos de sempre.
O que dizem as autoridades?
O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), que é responsável pela obra, agora precisa correr atrás do prejuízo. Eles têm que apresentar respostas convincentes para todas as questões levantadas pelo MP - e isso não vai ser rápido.
Do outro lado, o MP comemora a decisão como uma vitória do meio ambiente e das comunidades afetadas. Eles argumentam que não dá pra fazer obras desse tamanho sem considerar todos os impactos.
No fim das contas, fica aquele impasse clássico: de um lado, a urgência por melhorias na mobilidade; do outro, a necessidade de fazer as coisas direito. Enquanto não se chega a um consenso, BH continua esperando por uma solução que parece sempre estar ali, quase alcançável, mas ainda distante.
Quem vive o trânsito da capital mineira sabe bem: essa espera tá custando caro, muito caro mesmo.