Hospital Badim é condenado a pagar indenização milionária após morte de paciente em incêndio no Rio
Hospital Badim condenado por morte em incêndio no Rio

Numa decisão que reverbera como um soco no estômago do sistema de saúde carioca, o Hospital Badim acabou de levar uma rasteira da Justiça. A família de Maria da Silva (nome fictício), que perdeu a vida num incêndio criminoso em 2021, finalmente conseguiu um mínimo de justiça - mesmo que tardia.

O desastre aconteceu numa madrugada de terça-feira comum, dessas que ninguém imagina que vai virar pesadelo. Enquanto a cidade dormia, as chamas consumiam parte da ala de UTI do hospital. Maria, uma senhora de 68 anos em recuperação pós-cirúrgica, ficou presa no inferno de fumaça e fogo.

Falhas que doem

O laudo pericial escancarou o que todo mundo já desconfiava: o hospital tava mais pra cenário de filme de terror do que pra centro de saúde. Extintores vencidos, saídas de emergência bloqueadas (sim, você leu certo), e o pior - equipe totalmente despreparada pra emergências.

"Era como se tivessem colocado fogo num formigueiro e trancado as formigas lá dentro", desabafou o advogado da família, Carlos Mendonça, em entrevista exclusiva. A metáfora é forte, mas a realidade foi pior.

O valor da vida

A juíza Sandra Fontes não teve dúvidas: condenou o Badim a pagar R$ 1,2 milhão por danos morais e materiais. Parece muito? Pra filha de Maria, que pediu pra não ser identificada, "não existe cifra que pague ver sua mãe virar estatística por negligência".

Detalhe que corta como faca: o hospital tentou argumentar que o incêndio foi "caso fortuito". Só esqueceram de avisar que "acaso" não costuma andar de mãos dadas com manutenção precária.

Enquanto isso, na fila do caixa:

  • Multa administrativa da Vigilância Sanitária: R$ 350 mil
  • Reforma no sistema de segurança: R$ 2 milhões
  • Custo de uma vida perdida por descaso: incalculável

O hospital, é claro, já anunciou que vai recorrer. Enquanto a burocracia judicial gira, a família de Maria segue tentando reconstruir a vida - agora sem a matriarca que fazia a feijoada de domingo e contava histórias da infância no interior.

E você, acha que indenizações assim são suficientes pra mudar a cultura da negligência nos hospitais? Ou é só mais um caso que vai pro arquivo morto depois que a poeira baixar?