
Imagina esperar treze longos anos por uma notícia que deveria chegar em alguns meses? Pois é exatamente isso que aconteceu com um candidato aprovado no concurso público da Prefeitura de Feira de Santana, na Bahia. A história parece ficção, mas é pura realidade.
O edital saiu lá em 2012 – sim, você leu direito: 2012. Tempo suficiente para uma criança completar o ensino fundamental e ainda entrar no ensino médio. Enquanto isso, nosso protagonista aguardava. E esperava. E seguia na expectativa.
Uma espera que desafia a lógica
O caso específico é do cargo de agente de portaria, mas revela uma situação que deixaria qualquer um de cabelo em pé. O candidato, cujo nome não foi divulgado, estava entre os aprovados na lista original. Só que o tempo foi passando, e a convocação... bem, essa ficou para muito depois.
O Ministério Público Federal (MPF) entrou na jogada – afinal, estamos falando de uma espera que beira o surreal. E não é que a Justiça Federal acabou determinando a convocação? A decisão saiu no dia 22 de agosto, mas o concurso é de 2012! Às vezes a lentidão dos processos administrativos realmente desafia a compreensão.
O que diz a lei?
O MPF argumentou, com toda a razão, que a validade do concurso público é de até dois anos, prorrogável por mais dois. Alguém aqui fez as contas? Treze anos é aproximadamente... seis vezes e meia além do prazo máximo. Um verdadeiro recorde de procrastinação administrativa.
A prefeitura tentou se defender dizendo que o candidato não tinha sido chamado por causa de uma suposta 'superação de interesses públicos' – mas a Justiça não comprou essa ideia. Às vezes a burocracia inventa cada coisa...
E agora?
A determinação judicial é clara: a prefeitura tem que convocar o candidato e mais outros 27 aprovados que estavam na mesma situação. Imagina a cena: depois de 13 anos, receber a ligação ou o telegrama (será que ainda usam telegrama?) com a convocação.
O valor do salário? Em torno de R$ 1.500. Não é uma fortuna, mas com certeza representa muito mais do que um simples emprego: é o fechamento de um ciclo que durou mais de uma década. Uma verdadeira lição de perseverança – ou teimosia, dependendo do ponto de vista.
E pensar que em 2012 o mundo era bem diferente: Dilma era presidenta, o Facebook ainda era divertido, e ninguém sabia o que era pandemia. O candidato provavelmente já tinha até perdido as esperanças. A vida prega cada surpresa, não?