
Parecia cena de filme de catástrofe, mas era a pura realidade em São Miguel Arcanjo. Na última segunda (28), um temporal de meter medo — com ventos que chegaram a 80 km/h — resolveu fazer uma visita nada agradável à região. E olha, não veio de mãos vazias: trouxe destruição, prejuízo e muita dor de cabeça.
Quem passou pela zona rural viu de perto o estrago. Estufas inteiras de tomate, que antes eram estruturas organizadas, viraram um amontoado de plásticos rasgados e estruturas retorcidas. "Parecia um brinquedo que alguém esmagou com as mãos", contou um produtor local, ainda atordoado. Calcula-se que pelo menos 5 hectares de cultivo foram afetados — um baque e tanto para agricultores que já enfrentam desafios diários.
Não foi só no campo
Na área urbana, a coisa também fez bonito (no pior sentido possível). Árvores que resistiram a décadas de ventania não aguentaram o tranco e caíram como dominós. Algumas esmagaram cercas, outras pararam bem perto de casas — sorte que ninguém se feriu. Mas o susto? Esse ficou.
E não pense que foi rápido: por quase três horas, rajadas intermitentes mantiveram a população em alerta. "Minha casa rangia como se fosse desmontar", relatou uma moradora da Vila São João, enquanto arrumava telhas que voaram como folhas secas.
E agora?
A Defesa Civil correu contra o relógio para avaliar os danos. Segundo boletim preliminar:
- 15 pontos com quedas de árvores
- 3 estruturas agrícolas totalmente perdidas
- 5 vias bloqueadas por galhadas
O prefeito adiantou que deve decretar estado de emergência para liberar verbas — porque reconstruir, como todos sabemos, não sai barato. Enquanto isso, os produtores rurais fazem contas (e cruzam os dedos para que o tempo dê trégua). Afinal, como diz o ditado: "Contra a fúria da natureza, nem sempre o homem tem resposta".