Tragédia no México: Chuvas torrenciais deixam rastro de destruição e 44 mortos
México: chuvas deixam 44 mortos e isolam cidades

O céu escureceu de repente, como se uma cortina pesada tivesse sido puxada sobre o México. E quando as águas chegaram, vieram com uma fúria que ninguém — nem os mais velhos, que juravam ter visto de tudo — conseguia lembrar de ter presenciado antes.

Quarenta e quatro vidas. É difícil até digerir um número desses, não é? Cada uma com sua história, seus planos para o fim de semana, sua xícara de café pela manhã. Todas interrompidas pela força brutal das chuvas que transformaram ruas em rios e casas em ilhas de desespero.

Comunidades completamente isoladas

Imagine acordar e descobrir que o mundo lá fora simplesmente desapareceu. Que as estradas que você usa todo dia agora estão sob metros de água barrenta. Que não há como sair, nem como receber ajuda. É exatamente isso que aconteceu em diversas comunidades — ficaram ilhadas, completamente cercadas pela fúria das águas.

E o pior? A comunicação caiu junto com as linhas de energia. Famílias inteiras ficaram no escuro, sem saber se parentes em outras áreas estavam seguros, sem conseguir pedir socorro. Uma situação de pesadelo que se arrasta há dias.

O desespero nos abrigos temporários

Nos poucos lugares que conseguiram funcionar como abrigos, a cena é de cortar o coração. Pessoas com apenas a roupa do corpo — quando conseguiram salvar pelo menos isso — compartilham histórias assustadoras de como escaparam por pouco.

"A água subiu tão rápido que mal deu tempo de pegar meus documentos", contou uma senhora que preferiu não se identificar. Seus olhos ainda carregam o susto das últimas 48 horas. "Perdi tudo, mas pelo menos estou viva."

E pensar que isso acontece enquanto muitos de nós reclamamos de um dia chuvoso que atrapalha nossos planos de lazer... Faz você refletir sobre a fragilidade da vida, não faz?

Esforços de resgate contra o tempo

Os bombeiros e equipes de emergência trabalham contra o relógio — e contra os elementos. Cada hora conta, cada minuto pode significar a diferença entre salvar uma vida ou contar mais uma perda.

Mas esbarram em desafios enormes: estradas destruídas, pontes comprometidas, áreas completamente inacessíveis. Usam botes, helicópteros quando o tempo permite, e principalmente muita coragem para enfrentar correntezas traiçoeiras que já quase arrastaram vários deles.

É heróico, se você para para pensar. Gente arriscando a própria vida para salvar desconhecidos. Restaura um pouco de fé na humanidade em meio a tanta destruição.

E agora, o que esperar?

Os meteorologistas — aqueles profetas modernos do tempo — não trazem boas notícias. A previsão é de que as chuvas continuem, pelo menos por mais alguns dias. O solo, já saturado, não consegue absorver mais nada, então cada nova gota piora a situação.

E o governo? Promete ajuda, claro. Sempre promete. Mas as pessoas precisam de comida agora, de água potável agora, de um lugar seguro para dormir agora. Promessas não enchem barrigas vazias nem secam roupas molhadas.

Enquanto isso, o México chora suas perdas e tenta se recompor. Uma tarefa que, tenho certeza, vai levar muito mais tempo do que a água para baixar.