
O rio devolveu o que havia levado. Três dias de angústia e espera terminaram da pior maneira possível para uma família de Volta Redonda. O corpo de Lucas da Silva, um garoto de apenas 17 anos que sumiu nas águas do Paraíba do Sul, foi encontrado na manhã desta terça-feira, não muito longe de onde ele foi visto pela última vez.
Parece que foi ontem — na verdade, era domingo — quando tudo começou. Lucas estava com amigos perto da Ponte dos Arcos, um local que conhecia como a palma da mão. O que exatamente aconteceu? Bom, testemunhas contam que ele simplesmente entrou na água e... desapareceu. Sumiu como se a correnteza tivesse engolido ele inteiro.
Busca Incansável
O Corpo de Bombeiros não mediu esforços. Três dias vasculhando cada centímetro daquele rio que teima em ser traiçoeiro. Mergulhadores, barcos, gente da Defesa Civil — todos unidos numa missão que, vamos combinar, ninguém gostaria de ter que cumprir.
E então, por volta das 10h da manhã: o que todos temiam se confirmou. O corpo do adolescente foi localizado a aproximadamente 500 metros do local onde ele havia entrado na água. Uma distância pequena, mas que fez toda a diferença entre a esperança e a triste realidade.
Um Alerta que Ecoa
Você já parou pra pensar como esses acidentes se repetem? Todo verão a mesma história — jovens, rios, e uma combinação que frequentemente termina em luto. O Paraíba do Sul não é brincadeira, gente. Suas correntes escondem perigos que nem sempre estão visíveis na superfície.
Os bombeiros — esses heróis anônimos — já cansaram de avisar: conhecer o rio é fundamental. Mas será que a gente realmente escuta? Parece que só quando a tragédia bate à porta é que a lição fica clara.
Agora, o que resta é o luto. Lucas era estudante, tinha toda uma vida pela frente. A família, arrasada, recebeu o apoio de vizinhos e amigos — nessas horas, a comunidade mostra sua força. O corpo já foi encaminhado para o IML, onde os trâmites legais seguem seu curso doloroso, mas necessário.
Enquanto isso, Volta Redonda chora mais uma vida perdida para as águas que cortam a cidade. E a pergunta que fica é: quantas mais precisaremos perder até que os alertas sejam realmente ouvidos?