
Imagine abrir seu comércio todos os dias sem ter uma porta para trancar à noite. Ou tentar trabalhar sem acesso à água, luz e esgoto. Pois é exatamente essa realidade que os comerciantes do Mercadão de Piracicaba estão enfrentando nos novos boxes — e a situação, francamente, está longe do ideal.
O que era para ser uma modernização do espaço se transformou numa baita frustração. Os lojistas — gente que depende do dia a dia do mercado para sustentar suas famílias — se veem num impasse complicadíssimo.
Falta o básico, e o básico é fundamental
Vamos aos fatos: os boxes simplesmente não têm portas. Zero. Nada. Como alguém espera que um comerciante deixe seu patrimônio — seu ganha-pão — exposto dessa maneira? É pedir para dar problema.
E não para por aí. A situação é tão absurda que me faz pensar: será que alguém parou para considerar como funciona um comércio? Sem água, sem energia elétrica, sem esgoto — como esses profissionais vão trabalhar direito?
O desabafo dos comerciantes
"A gente se sente completamente desamparado", desabafa um dos lojistas, que preferiu não se identificar. "Investimos nosso dinheiro, nosso suor, e nos colocam num local que nem condições mínimas tem."
Outro comerciante foi mais direto: "É como montar uma casa sem teto. Pode até funcionar quando não chove, mas na primeira tempestade..." A analogia é perfeita para descrever a precariedade da situação.
E a prefeitura, o que diz?
Boa pergunta. Até agora, segundo os comerciantes, as promessas são muitas mas as ações... bem, essas deixam a desejar. Existe uma expectativa — ou seria esperança? — de que a situação se resolva ainda este mês.
Mas sabe como é: promessa é dívida que não se paga. Enquanto isso, os comerciantes seguem num limbo operacional, tentando manter seus negócios funcionando contra todas as adversidades.
O que mais choca nessa história toda é que estamos falando do Mercadão Municipal — um espaço que deveria ser orgulho da cidade, referência em comércio e tradição. Em vez disso, virou palco de mais esse drama urbano.
Resta torcer — e cobrar — para que a situação se resolva rápido. Porque no fim das contas, quem mais sofre é o pequeno comerciante, aquele que movimenta a economia local e dá vida ao mercado.