O cenário na capital potiguar segue tenso — e não é para menos. O deputado federal Rafael Motta, conhecido por sua energia contagiante, enfrenta talvez o maior desafio de sua vida. Tudo aconteceu durante uma sessão de kitesurf na Praia da Redinha, em Natal, no último domgado (25). O que começou como um momento de lazer se transformou em pesadelo.
Segundo testemunhas que preferiram não se identificar, a queda foi violenta. Brutal, até. O vento, que minutos antes era aliado, virou adversário sem aviso prévio. A força da natureza mostrou sua face mais impiedosa.
Estado crítico preocupa familiares e colegas
O parlamentar foi rapidamente resgatado por banhistas e levado ao Hospital Walfredo Gurgel, referência em trauma na cidade. Os médicos — verdadeiros heróis de plantão — não mediram esforços. O diagnóstico? Traumatismo craniano grave.
A decisão foi imediata: coma induzido. Uma medida drástica, sim, mas necessária. "É protocolo para casos assim", explicou um neurologista que acompanha o caso. "Damos tempo para o cérebro se recuperar do impacto, reduzindo o metabolismo e prevenindo edemas"
E agora, como fica?
A equipe médica adotou cautela máxima ao falar sobre prognósticos. O que se sabe é que Motta permanece na UTI, estável — dentro do que se pode esperar. Mas estável não significa fora de perigo. Longe disso.
Seu estado é classificado como grave. Muito grave. A família mantém vigília constante, num misto de esperança e apreensão que só quem já passou por algo similar pode entender.
O político, de 44 anos, sempre foi um esportista apaixonado. Kitesurf era sua paixão recente — uma válvula de escape da turbulência de Brasília. Ironia do destino, não?
Colegas da Câmara já se manifestaram. Palavras de apoio, orações, solidariedade. A política partidária dá lugar à humana, mesmo que temporariamente.
O mar da Redinha segue com seu movimento habitual. Ondas quebrando, vento soprando. Indiferente ao drama que se desenrola a poucos quilômetros dali. A natureza segue seu curso — implacável e soberana.
