Embraer Descola! Vende 45 Jatos para Dinamarca em Meio à Ameaça de Tarifas de Trump
Embraer vende 45 jatos à Dinamarca apesar de tarifas Trump

Numa jogada que mistura estratégia e um tanto de ousadia, a Embraer acaba de cravar um negócio e tanto: 45 jatos E195-E2 vendidos para a dinamarquesa airBaltic. E olha que o timing não poderia ser mais tenso — justo quando os ventos da guerra comercial sopram forte, com os EUA ameaçando aumentar tarifas para produtos brasileiros.

Detalhe curioso? Esse modelo específico, o E195-E2, é o maior da linha E-Jets E2 — uma verdadeira "fera" da aviação regional, capaz de transportar até 146 passageiros com um consumo de combustível que faz concorrentes corarem. A Dinamarca, que já opera outros modelos da Embraer, parece ter ficado tão encantada que nem hesitou em fechar essa encomenda bilionária.

O Elefante na Sala: As Tarifas de Trump

Enquanto isso, nos bastidores, a sombra do governo Trump paira como um dejà vu ameaçador. Lembram-se daquela celeuma em 2018, quando os americanos quase afundaram nossas exportações com tarifas de aço e alumínio? Pois é, a história parece se repetir — agora com alvos mais amplos, e a Embraer, claro, no radar.

Mas a fabricante brasileira, sagaz como sempre, parece estar jogando xadrez enquanto outros brincam de damas. "Diversificação de mercados" virou o mantra nos corredores de São José dos Campos. E os números provam: só em 2023, mais de 60% das vendas da empresa vieram de fora das Américas. Quem diria, hein?

Por Que Isso Importa?

  • Resistência econômica: Mostra que o Brasil pode, sim, competir em setores de alta tecnologia
  • Postos de trabalho: Cada jato vendido significa empregos mantidos em São José dos Campos e cidades vizinhas
  • Geopolítica: Um lembrete de que o mundo não gira só em torno dos EUA e China

Ah, e para quem acha que aviação é só "coisa de homem", a Embraer soltou um dado interessante: quase 30% dos engenheiros envolvidos nesses projetos são mulheres. Um detalhe que passa batido, mas diz muito sobre a evolução da indústria.

Enquanto isso, nos hangares dinamarqueses, os técnicos já esfregam as mãos. Os primeiros jatos devem pousar na Europa ainda em 2025 — com direito, claro, àquele tradicional hygge escandinavo nos assentos. Resta saber se Washington vai deixar barato... ou se essa história vai ganhar novos capítulos turbulentos.