Incêndio em Unaí deixa homem com queimaduras graves: veja detalhes do acidente
Incêndio em Unaí deixa homem com queimaduras graves

Não foi um dia comum em Unaí, no coração de Minas Gerais. Por volta das 3h da madrugada desta segunda-feira (18), as chamas tomaram conta de uma casa simples no bairro Jardim Europa — e o que começou como um pequeno foco virou um pesadelo. O dono do imóvel, um homem de 52 anos que preferiu não ter o nome divulgado, acabou gravemente ferido.

Segundo testemunhas, tudo aconteceu rápido demais. "Parecia que o fogo brotava das paredes", contou um vizinho, ainda abalado. O Corpo de Bombeiros chegou em 15 minutos, mas o estrago já estava feito: 40% do corpo do morador coberto por queimaduras de segundo e terceiro graus.

O resgate que virou corrida contra o tempo

Os socorristas não perderam um segundo. Enquanto dois bombeiros controlavam as chamas — que ameaçavam se alastrar para outras casas —, outros três faziam os primeiros socorros. "A dor era tanta que ele mal conseguia falar", relatou o cabo Silva, um dos primeiros a chegar. A vítima foi levada às pressas para o Hospital Regional, onde segue em estado grave, mas estável.

E o que teria causado tamanha tragédia? Ainda não se sabe ao certo — e aqui vem o mistério. A perícia técnica está analisando três possibilidades:

  • Curto-circuito na instalação elétrica antiga
  • Vazamento de gás de cozinha
  • Acidente com velas (a região teve queda de energia na noite anterior)

Enquanto isso, a família tenta reconstruir o que sobrou. "Perdemos fotos, documentos, tudo... mas o importante é que ele está vivo", desabafou a esposa, entre lágrimas. A Defesa Civil municipal já disponibilizou abrigo temporário e cestas básicas.

E agora, José?

Casos como esse levantam aquele velho debate: a precariedade das construções na periferia. Muitas casas na região sequer têm extintores — e quando têm, estão vencidos há anos. "É uma roleta-russa", comentou o sargento Almeida, veterano em ocorrências do tipo.

Enquanto o laudo não sai, uma coisa é certa: o homem de Unaí vai precisar de meses de tratamento. E a comunidade, que se mobilizou para doar roupas e alimentos, mostra que mesmo nas cinzas pode nascer solidariedade.