
A rotina pesada de uma obra em Olinda foi interrompida por uma cena de horror nesta segunda-feira. Por volta das 8h da manhã, quando o sol já castigava forte, um pedreiro de 41 anos perdeu o equilíbrio enquanto trabalhava numa laje. O que deveria ser mais um dia de labuta transformou-se em tragédia.
Testemunhas contam que tudo aconteceu rápido demais. O homem, que não teve a identidade revelada, escorregou e caiu direto em cima de um fio de alta tensão. A descarga elétrica foi instantânea — brutal. Colegas de trabalho tentaram socorrê-lo, mas já era tarde. O corpo ficou carbonizado no local.
Uma morte que poderia ter sido evitada?
O Corpo de Bombeiros chegou rapidamente, mas só pôde constatar o óbito. A cena era tão forte que até os profissionais mais experientes se comoveram. A pergunta que fica no ar, e ninguém quer responder direito, é: onde estava a proteção básica?
Parece que ninguém se preocupou em isolar aqueles fios perigosos. E olha que estamos falando de alta tensão — coisa séria, que não dá para brincar. A obra fica no bairro de Jardim Brasil, uma área residencial que agora vive o luto de uma família inteira.
O que dizem as autoridades
A Polícia Civil já abriu inquérito para apurar as causas do acidente. O delegado plantonista, Dr. Carlos Silva, foi categórico: "Estamos investigando todas as circunstâncias. Precisamos entender se houve negligência ou se foi um infortúnio".
Enquanto isso, o IML removeu o corpo para exames. A família do pedreiro — esposa e dois filhos pequenos — foi localizada e recebe apoio psicológico. Vizinhos comentam, com a voz embargada, que ele era um trabalhador dedicado, sempre o primeiro a chegar e o último a sair.
Essa história me faz pensar: quantos riscos os trabalhadores da construção civil enfrentam diariamente? Quantas vezes a pressa ou o custo cortado colocam vidas em perigo? A resposta, infelizmente, veio tarde para mais um.