O que começou como uma tarde comum no Conjunto Residencial Sul de Teresina rapidamente se transformou em um cenário de pura tensão. Por volta das 15h desta segunda-feira, as chamas simplesmente resolveram fazer uma visita indesejada — e que visita!
Não foi nada discreto, pelo contrário. O fogo avançou com uma fúria que deixou todos de cabelo em pé, consumindo aquela vegetação seca que, convenhamos, nesta época do ano parece estar implorando por uma faísca. E ela veio, com direito a espetáculo pirotécnico gratuito que ninguém pediu.
Corrida Contra o Tempo
Os bombeiros chegaram como heróis de cinema, mas sem a trilha sonora dramática. Apenas com o som dos caminhões, das sirenes e daquela determinação silenciosa que só quem enfrenta o perigo de verdade conhece. E olha, o trabalho foi brabo.
Três viaturas — sim, três — se revezavam num ballet peculiar entre as labaredas. A água jorrava, o fogo recuava, depois voltava com mais vontade. Uma dança perigosa que durou horas. Horas!
O Alívio e a Preocupação
Quando finalmente conseguiram controlar a situação, o alívio era quase palpável. Mas aí vem aquela pergunta que não quer calar: e agora? O que sobra depois que as chamas vão embora?
Ninguém se feriu, graças a Deus — ou melhor, graças ao trabalho impecável dos bombeiros. As casas mais próximas escaparam por pouco, mas aquele susto ficou marcado na memória de todo mundo que viu as chamas lambendo o céu lá do quintal de casa.
O pior é que isso não é novidade nesta região. Esses incêndios em áreas vegetacionais parecem ter virado rotina na vida dos teresinenses. E cada vez que acontece, a mesma pergunta ecoa: quando é que vamos aprender a prevenir em vez de apenas apagar?
Enquanto isso, os bombeiros seguem na linha de frente, combatendo não só o fogo, mas também a nossa própria negligência. E a população fica naquele misto de gratidão e preocupação — afinal, amanhã pode ser outra área, outro conjunto, outra família.
