Foi um daqueles cenários de pesadelo que ninguém espera testemunhar numa quinta-feira aparentemente comum. Por volta das 19h30 de ontem, o céu noturno de Petrolina, no sertão pernambucano, não estava estrelado — estava iluminado por labaredas laranjas e uma fumaça espessa que anunciava o caos. Um incêndio violento, daqueles que parecem sair de um filme catástrofe, consumiu uma loja de roupas inteira na movimentada Avenida dos Tropeiros, no bairro COHAB VI.
Testemunhas que passavam pelo local — e que gravaram vídeos de cortar a respiração — contam que o fogo começou de repente, sem aviso. Num piscar de olhos, as chamas já engoliam a fachada e ameaçavam se espalhar. O cheiro de queimado, aquele odor pesado e enjoativo, tomou conta de tudo. O pânico, é claro, se instalou.
Os bombeiros, heróis do dia a dia, chegaram rápido, pra variar. Dois caminhões do 5º BBM (Batalhão de Bombeiros Militar) foram acionados e trabalharam sob pressão máxima. Imagina o desespero: o risco de o fogo pular para os estabelecimentos vizinhos era enorme, uma verdadeira ameaça em cadeia. Eles usaram o que tinham à disposição: dois poderosos jets de água para debelar o que parecia indomável.
E conseguiram. Após uma batalha intensa, que durou um tempo que deve ter parecido uma eternidade para quem observava, as chamas foram controladas. O alívio foi geral, mas a visão que ficou foi desoladora: o que antes era um comércio, o ganha-pão de alguém, agora era uma estrutura carbonizada, um esqueleto negro e humilde contra o céu.
A grande pergunta que fica no ar, tão densa quanto a fumaça, é: o que terá causado isso? A Polícia Militar esteve no local e registrou a ocorrência, mas as investigações sobre a origem do incêndio — se foi um curto-circuito, um descuido, algo assim — ainda vão correr. A verdade é que ninguém se machucou, o que é um alívio e tanto, quase um milagre. Mas o prejuízo material? Esse, com certeza, é incalculável.
Casos como esse servem de alerta. Será que estamos preparados? Será que a sorte sempre estará do nosso lado? É de dar um calafrio só de pensar.
