
Imagine a cena: um calor dos infernos, a garganta seca e aquela sede que só passa com algo bem gelado. Foi assim que começou o pesadelo de um homem de 53 anos em Pirajuí, no interior paulista. Na pressa de se refrescar, ele pegou uma garrafa plástica transparente - dessas de refrigerante - e deu um bom gole. O que aconteceu depois foi pura agonia.
"Na hora que bebi, veio um gosto horrível, amargo, completamente diferente de qualquer coisa", contou o homem, que preferiu não se identificar. "Pensei: caramba, essa água com gás deve ter estragado ou algo assim."
Mas não era água com gás estragada. Nem de longe.
Os sintomas que assustaram
Minutos depois do gole fatal, o corpo começou a dar sinais de que algo estava muito errado. Primeiro veio uma tontura daquelas, daí uma fraqueza nas pernas que quase derrubou o homem. A visão embaçou, o coração acelerou - parecia que ia sair pelo peito.
"Fiquei com medo real, uma sensação horrível de que poderia morrer ali mesmo", confessou. A família, em pânico, não pensou duas vezes: correu para o Hospital Municipal de Pirajuí.
O diagnóstico que surpreendeu
Na emergência, os médicos foram diretos: era um caso clássico de intoxicação. Só faltava descobrir por qual veneno. Aí veio a revelação - a tal "água com gás" era, na verdade, uma solução química usada para limpeza pesada. Algo que nunca, em hipótese alguma, deveria ser ingerido.
O homem ficou sob observação por horas. Recebeu soro na veia, medicação para controlar os sintomas e, sorte nossa, se recuperou bem. Mas poderia ter sido diferente - muito diferente.
O alerta que fica
Esse caso serve como um daqueles avisos que a gente sempre ouve mas acha que nunca vai acontecer conosco. Quantas vezes já não guardamos produtos de limpeza em garrafas de refrigerante? Parece inofensivo, até o dia em que alguém confunde.
Os bombeiros e profissionais de saúde são categóricos: nunca, jamais, em tempo algum reutilize embalagens de alimentos para armazenar produtos químicos. Mesmo que você ache que vai lembrar, mesmo que coloque uma etiqueta - o risco não vale a pena.
O homem de Pirajuí deu sorte. Mas essa história poderia facilmente ter terminado em tragédia. E aí, você ainda vai arriscar?