O centro de São Paulo amanheceu em choque nesta terça-feira. Aquela rotina caótica típica da região foi interrompida por um estrondo que ecoou pelas ruas estreitas — uma explosão de gás que simplesmente engoliu um restaurante inteiro na Rua dos Gusmões, pertinho da Praça da Sé.
As imagens são de cortar o coração. De um lado, o estabelecimento funcionando normalmente, com mesas arrumadas e aquele movimento comum do dia a dia. Do outro… bem, do outro só restou um amontoado de escombros, vigas retorcidas e uma poeira que ainda não baixou completamente.
O momento do desastre
Parece que foi tudo muito rápido. Por volta das 8h30, segundo relatos de quem estava por perto, um cheiro forte de gás já pairava no ar. Quinze minutos depois, o inevitável: um barulho ensurdecedor que fez tremer até os prédios vizinhos.
"Pensei que fosse um terremoto", contou um vendedor ambulante que preferiu não se identificar. "O chão tremeu, vidraças quebraram, e logo depois veio aquele silêncio assustador."
Os bombeiros chegaram rapidamente — coisa de 10 minutos, segundo testemunhas. Mas o estrago já estava feito. O restaurante de dois andares simplesmente desmoronou como um castelo de cartas.
Buscas contra o tempo
Agora é correr contra o relógio. As equipes de resgate trabalham com a possibilidade — angustiante — de haver pessoas soterradas debaixo de todo aquele entulho.
- Três viaturas dos bombeiros no local
- Equipes especializadas em buscas
- Cães farejadores sendo preparados
- Área isolada para evitar novos acidentes
"Ainda não podemos confirmar números exatos", disse um tenente dos bombeiros, visivelmente abalado. "Mas estamos tratando isso como uma operação de salvamento, não apenas de remoção de escombros."
O que causou a tragédia?
Aqui é onde a coisa fica complicada. Tudo indica — e fortemente — que foi um vazamento de gás. Mas as investigações precisam apontar se foi:
- Problema na instalação interna do restaurante
- Vazamento na rede de distribuição da rua
- Alguma intervenção externa ou manutenção inadequada
A Enel, responsável pela rede de gás na região, já enviou técnicos. Eles trabalham lado a lado com os bombeiros, tentando isolar completamente qualquer risco de novas explosões.
O centro de São Paulo, com seus prédios antigos e infraestrutura que às vezes mostra a idade, vive um dilema constante entre preservar a história e garantir a segurança. Hoje, infelizmente, o preço dessa equação ficou claro — e foi alto demais.
Enquanto isso, o que era um ponto de encontro movimentado se transformou em um cenário de guerra. E São Paulo, essa cidade que nunca para, hoje faz uma pausa forçada para lembrar que a rotina pode ser interrompida num piscar de olhos.
