Foi por um triz que a situação não terminou em tragédia nesta segunda-feira em Unaí. Um trabalhador, cujo nome ainda não foi divulgado, viveu momentos de puro terror quando despencou cerca de 10 metros dentro do poço de elevador de uma obra em andamento.
Parece coisa de filme, mas foi realidade pura e dura. O homem, que atuava nas obras de um prédio residencial, simplesmente perdeu o equilíbrio e caiu no vão escuro e profundo que seria destinado ao futuro elevador do edifício.
Resgate Complexo e Ação Rápida
Quando os bombeiros chegaram ao local, encontraram uma cena que daria frio na espinha de qualquer um. Lá embaixo, no fundo do poço, o trabalhador consciente mas bastante machucado. Fraturas múltiplas, segundo os primeiros socorros - situação que poderia ser muito pior, considerando a altura da queda.
Os profissionais do Corpo de Bombeiros tiveram que usar técnicas de resgate em altura, descer com equipamento especial e estabilizar as lesões do acidentado antes mesmo de pensar em trazê-lo para cima. Uma operação que exigiu sangue frio e expertise, diga-se de passagem.
Condições do Local Preocupam
O que mais me deixa pensativo nesses casos é que acidentes assim quase sempre poderiam ser evitados. Dizem por aí que na construção civil brasileira ainda rola muito aquela mentalidade do "jeitinho" quando o assunto é segurança. E olha, não tô afirmando que foi o caso aqui, mas queda em poço de elevador é algo que simplesmente não deveria acontecer.
As normas de segurança são claras: qualquer abertura vertical precisa de proteção adequada. Sinalização, guarda-corpos, telas de proteção - o pacote completo. Quando um trabalhador cai num vão desses, é porque algo falhou, e falhou feio.
O homem foi levado para o Hospital Municipal em estado considerado estável, mas com lesões que vão exigir um bom tempo de recuperação. Fraturas não são brincadeira, ainda mais quando envolvem quedas de altura considerável.
Reflexão Necessária
Enquanto escrevo isso, não consigo deixar de pensar na família desse trabalhador. Deve ter sido desesperador receber aquela ligação. E pior: saber que poderia ter sido evitado.
A construção civil em Minas Gerais, assim como no resto do país, precisa urgentemente repensar suas práticas de segurança. Não é normal trabalhadores arriscarem a vida diariamente. Não é aceitável que acidentes como esse continuem acontecendo.
O caso segue sob investigação, e tomara que sirva de alerta para outras construtoras da região. Porque no final das contas, o que está em jogo são vidas humanas - e essas, diferente de prédios, não têm como ser reconstruídas.
