
Eis que a cidade acorda com uma daquelas notícias que dão o que falar. O Pro Hiper, aquele mercado conhecido na região, reabriu as portas nesta sexta-feira — mas a reabertura vem carregada de uma história no mínimo curiosa.
Parece que o estabelecimento resolveu fazer das suas instalações um verdadeiro alojamento improvisado. Funcionários de um restaurante que foi interditado pela vigilância sanitária — e olha que a interdição não foi por pouco — acabaram sendo hospedados dentro do próprio mercado.
Fiscalização não perdoa
A coisa começou a desandar na última quarta-feira, quando os fiscais resolveram botar o bedelho. O restaurante em questão, que fica no mesmo Centro de Mogi, foi flagrado com uma série de irregularidades que fariam qualquer um torcer o nariz.
Entre os problemas encontrados — e prepare o estômago — estavam ingredientes completamente estragados, falta absoluta de higiene e, pasmem, até mesmo a presença de ratos circulando tranquilamente pela cozinha. Uma verdadeira festa para os roedores, mas um pesadelo para os clientes.
O desdobramento inusitado
Eis que surge a solução mais improvável: em vez de mandar os funcionários para casa, alguém teve a brilhante ideia de alojá-los dentro do Pro Hiper. Sim, você leu direito — dentro do mercado.
Os trabalhadores passaram a noite nas dependências do estabelecimento, dormindo sabe-se lá como, enquanto a diretoria do mercado alegava que estava apenas "prestando solidariedade". Solidariedade ou tentativa de esconder o problema debaixo do tapete? A pergunta ficou no ar.
A reabertura sob olhares atentos
O mercado reabriu, mas a vigilância sanitária deixou bem claro que não vai baixar a guarda. "A situação está sendo acompanhada de perto", afirmou um dos fiscais, com aquele tom que faz a gente entender que a coisa é séria.
Enquanto isso, os moradores de Mogi das Cruzes ficam se perguntando: até que ponto uma empresa pode ir para contornar uma situação complicada? E mais importante — os funcionários envolvidos nessa história toda estão sendo tratados com a dignidade que merecem?
O caso, que mistura direitos trabalhistas, fiscalização sanitária e essas manobras corporativas que sempre deixam a gente com um pé atrás, promete render ainda muito assunto pela cidade. Fica a lição: às vezes, a solidariedade empresarial pode esconder interesses que não são tão nobres quanto parecem.