Desespero no Mar: Tripulante Desaparecido Envia Mensagem de Socorro por WhatsApp Antes de Sumir com a Família no Litoral de SP
Tripulante some no mar após enviar SOS por WhatsApp com família

O mar, tantas vezes sinônimo de paz, transformou-se num pesadelo de angústia para uma família do litoral sul de São Paulo. Tudo começou na última segunda-feira (25), mas foi só na quarta (27) que o alerta máximo soou. Um tripulante de 38 anos, seu nome ainda não divulgado, sumiu nas águas da Baixada Santista junto com a esposa e a filha pequena. E o pior: ele conseguiu enviar uma mensagem de desespero.

Imaginem a cena. Um celular vibra na tranquilidade de uma delegacia. Na tela, uma mensagem de WhatsApp que é um grito silencioso. "Estamos naufragando. Precisamos de ajuda. Estamos agarrados aos coletes". Quem recebeu foi um amigo do desaparecido, que correu para registrar o ocorrido na Delegacia de Polícia Marítima (Delpom), em Guarujá. O horário? Por volta das 14h de quarta-feira. Uma correria contra o tempo começou naquele instante.

Uma Corrida Contra o Relógio no Mar

O que se sabe é assustadoramente pouco. A família partiu de uma praia em Peruíbe num barco de pequeno porte, algo comum para pescadores e moradores da região. O destino? Santos. Mas essa viagem rotineira transformou-se numa tragédia anunciada pelas ondas.

Imediatamente, a Marinha do Brasil acionou seu efetivo. Lanchas e equipes de buscas percorrem um vasto trecho do litoral, desde Peruíbe até Santos, numa operação que mistura esperança com o temor do pior. A Polícia Militar Ambiental também entrou na ação, vasculhando a costa com um misto de técnica e apreensão.

O Silêncio que Amedronta

O mais intrigante – e de cortar o coração – é que a última localização do celular que enviou o SOS foi captada próximo à Ilha da Queimada Grande, aquela famosa e temida por abrigar cobras venenosas. Um detalhe macabro que só aumenta a tensão de toda a operação.

Até o momento, as autoridades não têm pistas concretas. Nenhum vestígio do barco, nenhum sinal dos coletes salva-vidas, nenhum outro sinal de vida. Apenas o eco daquela mensagem desesperada, que agora orienta os trabalhos das equipes de resgate.

É um daqueles casos que te fazem segurar a respiração. O mar dá, o mar toma. E nessa hora, só resta torcer por um milagre. As buscas continuam, incansáveis, enquanto famílias aguardam notícias – qualquer uma – na beira do cais.