Não deu outra. O mar, que tantas vezes dá o sustento, também pode tirar tudo num piscar de olhos. Na calada da noite desta sexta-feira (23), por volta das 3h da manhã, uma tragédia silenciosa se desenrolou nas águas geladas do Litoral Norte paulista. Um barco de pesca, daqueles que a gente vê todo dia na quebra-mar, simplesmente virou. E o pior: tinha gente a bordo.
Segundo as primeiras informações que corriam soltas entre os bombeiros e a polícia, três pessoas estavam no barco no momento do acidente. Duas delas, infelizmente, não resistiram. Foram encontradas sem vida, um baque enorme para as famílias e para a comunidade de pescadores, que é tão unida. A terceira alma? Continua desaparecida. E olha, o tempo é cruel nessas horas.
Os trabalhos de resgate, diga-se de passagem, foram acionados quase que imediatamente. Mas o mar não facilita. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Guarda Civil Municipal e até da Marinha do Brasil mergulharam de cabeça nas operações – que seguem a todo vapor, mesmo com a luz do dia já firme. Eles vasculham cada canto, cada possível pista, na esperança – ainda que tênue – de encontrar o desaparecido com vida.
O Que Se Sabe Até Agora?
O tal barco, um dos muitos que trabalham na região, saiu para mais uma noite de labuta. A pesca noturna é comum por ali. O que será que aconteceu? Uma falha mecânica? Uma mudança brusca no tempo? O mar ficou mais bravo do que o esperado? As autoridades ainda estão tentando juntar as peças desse quebra-cabeça triste para entender as causas exatas do naufrágio.
O clima aqui na praia é de aperto no coração. A notícia se espalhou rápido, como sempre acontece em cidade do interior, e deixou todo mundo de luto. São Sebastião, uma cidade que vive do mar e para o mar, hoje chora por ele.
E aí, será que a gente realmente dá o valor devido à segurança no mar? Uma pergunta que fica no ar, sem resposta, depois de uma desgraça dessas. Enquanto isso, as equipes não param. Seguem na busca incansável, contra o relógio e contra as correntezas. Torcemos para um milagre.
