
O mar, que tantas vezes trouxe alegria aos banhistas potiguares, desta vez devolveu uma triste realidade. Depois de dois longos dias de buscas intensas, os bombeiros finalmente encontraram na manhã deste sábado (12) o corpo do sargento Lucas Andrade, da Aeronáutica, que havia desaparecido enquanto nadava na Praia da Redinha.
Parece que foi ontem — quinta-feira, por volta das 16h, quando o militar decidiu entrar no mar para um mergulho rotineiro. Só que o destino, caprichoso como sempre, pregou uma daquelas peças que a gente nunca espera. As testemunhas, ainda abaladas, contaram que viram Lucas sendo arrastado pela correnteza. A força do mar naquela tarde não perdoou.
Operação Não Parou Nem por um Minuto
Assim que o alerta foi dado, os bombeiros botaram pra quebrar. Não mediram esforços. Dois botes infláveis, um jet ski e uma equipe terrestre que vasculhou cada centímetro da orla — tudo foi mobilizado numa corrida contra o tempo que parecia interminável.
O pior é que as condições do mar não ajudavam em nada. Ondas fortes, correnteza traiçoeira... você sabe como é o litoral norte potiguar quando resolve mostrar sua fúria. Mesmo assim, esses heróis de uniforme não desistiram. Trabalharam incansavelmente, dia e noite, movidos pela esperança de encontrar Lucas com vida.
O Encontro que Ninguém Queria
Foi por volta das 9h da manhã de sábado que o silêncio foi quebrado por um grito que ecoou na praia quase deserta. Um dos bombeiros, cansado mas determinado, avistou o corpo a aproximadamente 500 metros do local onde Lucas havia entrado no mar. Aquele momento — ah, que momento difícil — confirmou os piores temores de todos.
O corpo foi resgatado com toda a dignidade possível e encaminhado ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP). Lá, os peritos farão os exames necessários para determinar as causas exatas da morte, embora tudo indique afogamento.
E agora? O que fica é aquela sensação de vazio, de "e se". A família, destruída — imagina só receber uma notícia dessas. Colegas de farda abalados. E uma comunidade que se pergunta, mais uma vez, sobre os perigos que moram disfarçados na beleza do nosso litoral.
O Comando da Aeronáutica já se manifestou, prestou solidariedade à família e prometeu todo o apoio necessário. Mas convenhamos: nessas horas, nenhuma palavra consegue preencher o buraco que fica.
O caso serve de alerta cruel — o mar é imprevisível, meu amigo. Um minuto você está aproveitando o refresco das ondas, no seguinte está lutando contra forças que nem sempre podemos vencer. Fica o lembrete amargo: respeitar as bandeiras de sinalização não é frescura, é necessidade.