
Imagine a cena: uma tarde aparentemente tranquila no Rio Paraná, as águas seguindo seu curso normalmente, quando de repente — BUM! — um baque violento seguido de um barulho de madeira se partindo. Foi assim que a paz de domingo virou pesadelo para dois homens que navegavam por Pauliceia.
O caso aconteceu por volta das 15h30 desse domingo, mas os detalhes são de arrepiar. A lancha, que cortava as águas com certa velocidade, simplesmente encontrou um obstáculo invisível: um tronco de árvore enorme, desses que ficam submersos e viram uma armadilha para embarcações desavisadas.
Os minutos de pânico após o impacto
O choque foi tão forte que o casco da embarcação simplesmente não resistiu. A água começou a entrar — e rápido! — dando pouco tempo para reação. Os dois tripulantes, que felizmente estavam com coletes salva-vidas (algo que muita gente negligencia, diga-se de passagem), precisaram agir na hora.
"Foi questão de minutos", contou um dos sobreviventes, ainda abalado. "A lança começou a afundar tão rápido que mal deu tempo de pensar. Só conseguimos pular na água e começar a nadar."
A longa nado até a segurança
E que nado! Não foi nenhuma braçada de poucos metros não. Os dois homens precisaram vencer uma distância considerável até alcançar a margem, com a embarcação já desaparecendo sob as águas barrentas do Paraná. Uma experiência que, tenho certeza, nenhum deles vai esquecer tão cedo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado rapidamente, mas quando chegaram ao local — próximo à Praia do Gato — a situação já estava "resolvida", se é que podemos chamar assim. Os dois tripulantes já estavam em terra firme, molhados, assustados, mas vivos. Isso que é o importante, não é mesmo?
E agora, o que acontece com a lancha?
Bom, a embarcação agora está no fundo do rio, servindo de habitat para peixes — ironia do destino para algo que antes navegava sobre eles. A Polícia Militar Ambiental já foi notificada e vai investigar as circunstâncias do acidente.
O que me preocupa — e deveria preocupar todos que navegam por ali — é que esse não é um caso isolado. O Rio Paraná tem dessas: troncos submersos que se tornam perigos ocultos, especialmente após períodos de chuva quando o nível das águas sobe e arrasta detritos.
Resta agora torcer para que os dois homens superem o trauma — porque susto não foi pequeno — e que sua experiência sirva de alerta para outros navegantes. As águas podem parecer tranquilas, mas sempre escondem surpresas. E algumas delas, como viram, podem custar caro.