
Era pra ser mais um dia de verão perfeito no litoral paulista. Mas o que começou como diversão terminou em tragédia. Depois de três longos dias vasculhando cada metro do mar com drones, barcos e mergulhadores, os bombeiros decidiram encerrar as buscas pelo turista que sumiu ao tentar uma travessia perigosa.
O caso aconteceu na última terça-feira (29), quando o homem — cuja identidade ainda não foi divulgada — resolveu nadar até uma ilha próxima à Praia do Góis, em Peruíbe. Testemunhas contam que ele parecia confiante, mas as correntes marítimas traiçoeiras fizeram seu destino virar de cabeça pra baixo.
Operação de resgate mobilizou a região
Não foi falta de empenho. Os bombeiros trabalharam contra o tempo, literalmente. Com ajuda da Defesa Civil e até de pescadores locais — que conhecem como ninguém os caprichos daquelas águas —, a operação cobriu mais de 15 km de costa. Helicópteros sobrevoaram a área enquanto mergulhadores enfrentavam condições nada fáceis.
"A visibilidade estava péssima por causa da ressaca", explicou um dos socorristas, com a voz cansada. "E quando o mar decide levar alguém, nem sempre devolve." Frase dura, mas que reflete a cruel realidade desses casos.
Alerta para banhistas
Especialistas aproveitam pra dar aquele puxão de orelha necessário: ilhas costeiras podem parecer próximas, mas escondem armadilhas. Correntes de retorno, temperatura da água e até câimbras podem transformar um passeio em pesadelo.
Moradores da região — acostumados a ver turistas subestimando o mar — não escondem a frustração. "Todo ano é a mesma história", comenta Dona Marta, dona de uma barraca na praia. "As pessoas acham que o mar é piscina."
Enquanto a família do desaparecido aguarda notícias (ou pelo menos o conforto de um corpo para enterrar), o caso serve de alerta. Verão tá aí, mas o mar não perdoa descuidos. Fica o conselho: admire as ilhas de longe, com os pés bem firmes na areia.