
Imagine você, saindo do Rio rumo à Costa Verde num sábado aparentemente tranquilo, quando de repente se vê preso num verdadeiro pesadelo sobre rodas. Pois é exatamente isso que aconteceu com centenas de motoristas que tentavam subir a Serra das Araras neste 12 de outubro.
As famosas — e temidas — detonações de rochas voltaram a fazer vítimas. Dessa vez, não foi acidente, mas obra programada que simplesmente fechou o acesso. A pista de subida da serra, aquela que todo mundo conhece pelas curvas fechadas e vista de tirar o fôlego, virou um estacionamento a céu aberto.
O Caos Começou Cedo
Lá pelas 9h da manhã, a Concer, que administra esse trecho sinuoso da BR-101, decidiu que era hora de fazer aquelas explosões controladas que todo mundo já conhece. Só que dessa vez, o estrago no tráfego foi monumental. A interdição total da pista de subida durou cerca de 40 minutos — tempo suficiente para criar um congestionamento que parecia não ter fim.
E olha, não foi por falta de aviso. A empresa até que tentou alertar os desavisados através dos seus canais oficiais, mas convenhamos: quem realmente checa essas coisas antes de pegar a estrada? A realidade é que muita gente foi pega de surpresa, planejando um final de semana na praia que começou com horas de stress no asfalto.
E os Motoristas? Paciência à Prova
O que me impressiona é a resiliência do brasileiro. Lá estavam eles, presos em seus carros, vendo os planos irem por água abaixo enquanto as horas passavam. Alguns mais experientes já sabiam — a Serra das Araras sempre foi assim, um jogo de sorte ou azar.
Mas confesso: mesmo sabendo dos riscos, é difícil não sentir uma ponta de revolta quando você fica horas parado numa estrada. A Concer até mantém aqueles esquemas de liberação de tráfego em horários específicos, mas parece que nunca é suficiente.
E Agora, José?
O pior de tudo é que essa situação vai se repetir. As tais detonações fazem parte das obras de duplicação e melhorias na serra — algo necessário, convenhamos, mas que transforma a vida dos usuários num verdadeiro inferno astral sobre asfalto.
Para quem precisa trafegar por ali regularmente, minha dica é: acompanhem os comunicados da Concer como se fosse previsão do tempo. E preparem-se psicologicamente, porque melhorar a serra significa, por enquanto, piorar bastante o trajeto.
Enquanto isso, a paisagem deslumbrante da Serra das Araras continua lá — só que agora, vista pelo retrovisor de carros parados há horas. Ironia do destino, não?