Uma tarde que começou como qualquer outra terminou em tragédia nas estradas da Bahia. Não me surpreende mais, infelizmente - as estatísticas de acidentes nas nossas rodovias são assustadoras. Mas cada vida perdida dói como se fosse a primeira.
Lá estava ele, seu José Raimundo Santos, 74 anos curtindo a merecida aposentadoria. Quem diria que uma simples viagem pela BA-512, próximo ao distrito de Maria Quitéria, se transformaria em seu último percurso. O relógio marcava por volta das 15h30 desse sábado quando o impossível aconteceu.
O momento do impacto
Testemunhas contam que foi tudo muito rápido. Um caminhão e um carro de passeio - ainda não sabemos exatamente qual manobra falhou. O que restou foi uma cena de destruição que nem o mais experiente dos bombeiros gosta de ver.
Parece que o destino é cruel mesmo. O idoso, que estava no carro menor, não resistiu aos ferimentos. Quando a equipe do Samu chegou, já era tarde demais. Dá um nó no estômago pensar que alguém chega tão perto de casa e não consegue completar o trajeto.
O que acontece agora?
O corpo do seu José Raimundo foi encaminhado para o IML de Feira de Santana. Enquanto isso, a Polícia Técnica faz seu trabalho meticuloso no local - cada detalhe importa para entender o que realmente aconteceu naquela curva.
E o caminhão? O motorista, esse sim, sobreviveu. Levado para o Hospital de Emergência, seu estado era estável na última atualização. Mas imagino o peso na consciência desse homem - acordar sabendo que outra família está de luto.
O trânsito na região ficou complicado por horas. Aquela lentidão irritante que ninguém gosta, mas que nesse caso tinha um motivo mais que justo. A BA-512 virou palco de investigação e, principalmente, de reflexão.
Um alerta que não cansa de ser dado
Quantas vidas precisam ser perdidas antes que a gente leve a sério a segurança no trânsito? Pergunto isso não como especialista, mas como cidadão preocupado. Feira de Santana chora mais uma vida que poderia estar entre nós.
Os bombeiros que atenderam a ocorrência tinham aquela expressão cansada - aquela que só quem lida com tragédias diárias conhece. Eles fazem o possível, mas a prevenção... ah, a prevenção é dever de todos nós.
Enquanto a família de seu José Raimundo se despede, resta a esperança de que histórias como essa sirvam para algo. Que façam pelo menos um motorista pensar duas vezes antes de acelerar, antes de fazer aquela ultrapassagem arriscada. Porque no final, a estrada é implacável com os descuidos.
