
Parece que alguns motoristas da RJ-106 resolveram transformar a rodovia em sua pista particular de corrida. E o pior? Estão conseguindo. A retirada dos equipamentos de fiscalização eletrônica criou um cenário perfeito para quem acha que limite de velocidade é sugestão, não regra.
Os números são assustadores - e contam uma história que qualquer morador local já conhece na pele. Desde que os radares foram desativados, os acidentes simplesmente explodiram. A Polícia Rodoviária Estadual, que tenta conter a bagunça, parece estar enxugando gelo. Como me disse um morador: "É cada ultrapassagem maluca que dá medo até de olhar".
O vácuo da fiscalização
Aqui está o cerne da questão: sem olhos eletrônicos vigiando 24 horas por dia, a sensação de impunidade virou combustível para a imprudência. Os agentes humanos, por mais dedicados que sejam, não conseguem estar em todos os lugares ao mesmo tempo. É matemática pura - e perigosa.
E não pense que são apenas batidinhas de para-choques. Estamos falando de colisões frontais, capotamentos, situações que deixam rastro de destruição e, o mais triste, vidas interrompidas antes da hora. A estrada virou uma roleta-russa, e todo mundo é obrigado a jogar.
O que dizem os números
- Acidentes aumentaram de forma alarmante desde a desativação dos radares
- Fiscalização humana se mostra completamente insuficiente para coibir excessos
- Motoristas aproveitam a ausência de controle eletrônico para ultrapassar limites
- Situação preocupa tanto autoridades quanto população local
É daquelas situações que faz a gente pensar: será que precisamos realmente aprender na marra? A tecnologia estava lá, funcionando, prevenindo. Agora, sua ausência escancara uma realidade dura - alguns só respeitam a lei quando sabem que estão sendo vigiados.
Enquanto isso, os moradores das redondezas seguem usando a RJ-106 com o coração nas mãos. Cruzar a estrada virou exercício de fé, e rezar antes de sair de casa já não parece exagero algum. Uma pena que seja preciso tragédias para lembrar o óbvio: segurança no trânsito não é luxo, é necessidade básica.