Homem de 54 anos atropelado por BRT no mesmo terminal onde idosa morreu
Atropelamento por BRT em terminal do Grande Recife

Novo acidente no Terminal Pelópidas Silveira

Um homem de 54 anos foi atropelado por um ônibus do sistema BRT dentro do Terminal Integrado Pelópidas Silveira, localizado no município de Paulista, região metropolitana do Recife. O incidente ocorreu por volta das 7h50 da última terça-feira (11), no mesmo local onde uma idosa morreu após ser atingida por um coletivo em setembro deste ano.

Detalhes do acidente

De acordo com informações do Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), o motorista do veículo de número 1302, da linha 1076 (TI Pelópidas - PCR), realizava uma curva à direita para desembarque de passageiros quando foi surpreendido por uma pessoa em situação de rua que atravessou a via sem a devida atenção.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência prestou os primeiros socorros à vítima no local do acidente. O homem de 54 anos foi subsequentemente encaminhado para o Hospital Miguel Arraes, também situado no município de Paulista. O Corpo de Bombeiros foi acionado para prestar apoio durante a ocorrência.

Até o momento da última atualização desta reportagem, o nome do homem atropelado não foi divulgado, e o g1 não conseguiu obter informações sobre seu estado de saúde. A Polícia Civil também foi contactada, mas não emitiu nenhum posicionamento sobre o caso.

Histórico de problemas no terminal

Este não é o primeiro incidente grave registrado no Terminal Integrado Pelópidas Silveira. No dia 29 de setembro, Maria do Socorro Ferreira Ramos, de 63 anos, foi atropelada no mesmo local e veio a falecer quatro dias após ser internada no Hospital da Restauração, no bairro do Derby, área central do Recife.

Patrícia Ferreira, sobrinha da vítima fatal de setembro, denunciou a falta de fiscalização e sinalização adequadas no terminal. Em seu relato, ela destacou: "Não temos sinalização, não temos fiscalização, não temos faixa de pedestre. Para quem mora na redondeza, o ônibus para muito longe. Para nós que moramos aqui próximo, ou vamos pelo meio, como minha tia fez, ou vamos pelo meio da pista do outro lado, porque não temos para onde correr".

Além da carência de sinalização, Patrícia apontou que alguns motoristas realizam conversões irregulares no local, colocando em risco a segurança dos pedestres. Ela mencionou especificamente a presença de uma escola nas proximidades onde motociclistas fazem retornos sobre a calçada, prática expressamente proibida.

A prefeitura de Paulista foi procurada para esclarecer se existe sinalização adequada no local ou se foram implementadas medidas preventivas após o acidente de setembro, mas não enviou resposta até a publicação desta matéria.