
O clima esquentou de verdade em São Paulo — e não é só por causa do futebol. O deputado estadual Olim, um sujeito que nunca foi de ficar calado, soltou uma bomba nesta terça-feira que deixou todo mundo de cabelo em pé.
Segundo ele, a gestão do governador Tarcísio Gomes de Freitas teria costurado um acordo por baixo dos panos para liberar a venda de bebidas alcoólicas nos estádios paulistas. Uma mudança que, convenhamos, seria daquelas que dividem opiniões na hora do churrasco.
"Isso é pura invencionice", rebatem MP e Defensoria
Mas calma lá que a história tem mais capítulos. O Ministério Público de São Paulo e a Defensoria Pública — duas instituições que não costumam brincar em serviço — vieram a público com um desmentido que ecoou forte.
Em comunicados separados, ambas as instituições foram categóricas: não deram qualquer aval para esse suposto acordo. O MP foi direto ao ponto, afirmando que não participou de nenhuma discussão sobre o tema. Já a Defensoria deixou claro que não tem competência legal para autorizar esse tipo de mudança.
Parece aquela história de um disse, o outro desdisse — só que com consequências reais para milhões de torcedores.
O que realmente está em jogo?
No centro dessa confusão toda está um veto que já tem seus anos. Desde 2003, está proibida a comercialização de bebidas alcoólicas em estádios de futebol no Brasil. Uma regra que sempre gerou opiniões divididas — uns acham que evita confusão, outros dizem que o torcedor responsável não deveria ser punido.
Olim, que parece estar por dentro dos bastidores, afirmou que o governo estadual teria conseguido esse suposto aval após reuniões com MP e Defensoria. Mas as instituições negaram com a veemência de um goleiro defendendo pênalti.
O que me deixa pensando: alguém está com a faca e o queijo na mão nessa história, ou todo mundo está jogando com cartas marcadas?
E o torcedor, fica onde nessa história?
Enquanto os políticos e instituições se degladiam, o torcedor comum — aquele que paga ingresso e lota os estádios — fica no meio do fogo cruzado sem saber em quem acreditar.
De um lado, a possibilidade de tomar uma cervejinha durante o jogo, como acontece em tantos outros países. Do outro, o receio de que a liberação possa aumentar a violência nas arquibancadas.
O governo Tarcísio, por sua vez, mantém um silêncio que fala volumes. Até agora, não se manifestou sobre as acusações do deputado — o que, convenhamos, é no mínimo curioso.
Uma coisa é certa: essa polêmica ainda vai dar muito pano pra manga. E você, leitor, o que acha? Liberar ou manter o veto? A resposta, como tudo nessa história, parece estar longe de ser consenso.