
Parece que a esperança de uma atuação mais contundente do Ministério Público Federal acabou de levar um golpe. E dos pesados. A denúncia apresentada pela PGR contra Eduardo Bolsonaro deixou um gosto amargo na boca dos investigadores que trabalhavam no caso.
O que se esperava? Bem, algo com mais substância, para ser sincero. Em vez disso, o que chegou foi uma acusação que muitos estão classificando como "frouxa" e "superficial".
O cerne da questão
A investigação gira em torno das famosas rachadinhas — aquela velha prática de desvio de verbas públicas através do retorno de parte dos salários de assessores. Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, estava sob os holofotes.
Mas eis que surge a denúncia do procurador-geral da República, Augusto Aras. E cá entre nós: ela não convenceu nem mesmo quem estava mais otimista.
Pontos problemáticos
- A acusação focou apenas em crimes de responsabilidade
- Ignorou completamente as transações financeiras suspeitas
- Não mencionou o núcleo central das rachadinhas
- Abordagem considerada "rasa" por investigadores
Um dos investigadores, que preferiu não se identificar, foi direto: "Parece que pegaram a parte mais fácil do caso e ignoraram o que realmente importa".
Repercussão nos corredores
O clima nos escritórios onde a investigação corria era de frustração generalizada. Afinal, meses de trabalho meticuloso parecem ter sido em vão — ou pelo menos, subutilizados.
Outro ponto que chamou atenção: a denúncia chegou bem na reta final do prazo legal. Coincidência? Muitos duvidam.
O que me faz pensar: será que estamos vendo mais um capítulo da famosa "mão leve" com figuras políticas? A pergunta fica no ar.
O que esperar agora?
Com uma denúncia tão frágil, as chances de sucesso na Justiça parecem… bem, modestas, para não dizer outra coisa. É como tentar derrubar uma árvore com uma faca de manteiga.
Os investigadores seguem desapontados, é claro. Mas a sensação que fica é que essa história ainda tem muito pano para manga. Resta saber se alguém terá coragem de costurá-lo direito.