
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, jogou um balde de água fria nos rumores sobre sua agenda internacional. Numa declaração que pegou até os mais antenados de surpresa, ele revelou que a tão esperada reunião com o secretário norte-americano foi simplesmente riscada do mapa. E o motivo? Segundo ele, uma "pressão ideológica" que ganhou força depois que um vídeo — daqueles que viralizam feito rastilho de pólvora — começou a circular por aí.
Não dá pra negar: a coisa pegou. Enquanto isso, na Câmara, os deputados parecem ter acordado com os dois pés atrás. Tão correndo — e olha que político não gosta de correr — para votar um pacote de leis que promete colocar um cadeado digital na vida das crianças brasileiras. Proteção contra os perigos da internet virou prioridade número um, depois que o tal vídeo mostrou um lado nada bonito da web.
O que realmente aconteceu?
Haddad, sempre pé no chão, não deu muitos detalhes. Mas entre as linhas, dá pra ler que o cancelamento veio depois que certos grupos — aqueles que adoram um debate acalorado — começaram a fazer barulho. O vídeo, que mostra sabe-se lá o quê (porque ninguém confirmou o conteúdo direito), teria sido a gota d'água.
E os parlamentares? Bem, esses resolveram surfar na onda. Dois projetos que estavam encalhados desde o ano passado — um sobre fiscalização de plataformas digitais, outro criando regras mais duras para proteção de menores — subiram como pão quente na pauta de votações. Coincidência? Difícil acreditar.
E agora, José?
O ministério não confirmou se vai tentar remarcar o encontro. Enquanto isso, nas redes sociais, a briga está feia. De um lado, quem acha que Haddad está usando desculpa esfarrapada. Do outro, os que defendem que a soberania nacional não pode ficar refém de interesses externos.
Já no Congresso, o clima é de "quem não deve, não teme". Os projetos de proteção às crianças ganharam defensores de todos os espectros políticos — raridade nos dias de hoje. Resta saber se vai ser só conversa fiada ou se, dessa vez, a coisa vai pra frente.
Uma coisa é certa: entre vídeos que viram febre na internet e reuniões que evaporam no ar, a política brasileira nunca decepciona quem gosta de um bom drama.