
Eis uma discussão que vai muito além de likes e compartilhamentos. A Câmara dos Deputados está montando um grupo especial — e não, não é mais um daqueles que só faz reunião pra tomar café. Dessa vez, o papo é sério: como proteger as crianças nesse faroeste digital que virou a internet.
O que tá rolando?
O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), tá com a faca e o queijo na mão pra criar um GT específico. A ideia? Colocar no papel regras claras sobre o que as plataformas podem — e principalmente não podem — fazer com os dados e a atenção dos pequenos.
Não é de hoje que esse assunto dá pano pra manga. Desde 2023, o PL 2630/2020, conhecido como "PL das Fake News", já previa um capítulo inteiro sobre isso. Mas parece que agora o negócio vai sair do forno.
Os principais pontos em debate
- Idade mínima: A partir de quantos anos uma criança pode ter perfil?
- Controle parental: Como os pais vão poder monitorar sem virar espiões digitais?
- Conteúdo: O que é adequado — e quem decide isso?
"Tá na hora de botar ordem na bagunça", diz um deputado que prefere não se identificar. E ele tem razão: segundo dados que circulam por lá, crianças de 9 a 12 anos passam em média 5 horas por dia online. É mais tempo do que muitas passam na escola!
Os dois lados da moeda
De um lado, tem quem ache que regulamentação é censura disfarçada. Do outro, os que argumentam que deixar como está é como entregar uma moto pra uma criança de 5 anos pilotar.
A verdade? Provavelmente tá no meio. Como sempre. O desafio é equilibrar proteção com liberdade — e convenhamos, não vai ser moleza.
Enquanto isso, nas redes sociais... Bem, melhor nem ver o que as crianças tão vendo por lá sem supervisão. Mas isso é papo pra outra hora.