O Centro de Convenções de São Luís virou um verdadeiro caldeirão de ideias futuristas esta semana. A Expo Indústria Maranhão 2025 chegou com tudo, e posso te dizer: o assunto que dominou os corredores não foi nenhuma novidade passageira, mas sim uma revolução que já está batendo na nossa porta.
Inteligência artificial. Essas duas palavras ecoaram por todos os pavilhões, misturando entusiasmo com uma ponta de apreensão — afinal, que diabos vai acontecer com nossos empregos?
O Papel Humano Num Mundo de Máquinas Inteligentes
Andando pelos estandes, uma coisa ficou clara como água: a IA não é mais aquela promessa distante dos filmes de ficção científica. Ela já está aqui, transformando processos industriais, otimizando produção e, sim, substituindo algumas funções repetitivas. Mas calma, não é o fim do mundo.
O que me chamou atenção foi o tom dos especialistas. Eles não estão pregando o apocalipse dos empregos, mas sim uma transformação profunda — talvez a mais significativa desde a Revolução Industrial. "A questão não é se as máquinas vão tomar nossos lugares," comentou um diretor do SENAI, "mas como vamos nos adaptar para trabalhar junto com elas."
As Novas Regras do Jogo Profissional
As conversas nos painéis revelaram um consenso: algumas habilidades tradicionais podem ficar obsoletas, mas outras — tipicamente humanas — vão valorizar como nunca. Pense bem: criatividade, pensamento crítico, inteligência emocional. Coisas que, por enquanto, as máquinas ainda não dominam completamente.
E olha só que interessante: os dados apresentados mostram que o Maranhão já está se movimentando. Os cursos de qualificação profissional com foco em tecnologia estão com lista de espera — sinal claro de que as pessoas perceberam a urgência de se atualizar.
- Capacitação em análise de dados: demanda crescente
- Programação e desenvolvimento de software: em alta
- Habilidades socioemocionais: o diferencial humano
Preparação Para o Tsunami Tecnológico
O evento, organizado pela FIEMA em parceria com o SENAI, mostrou que a preocupação com a qualificação da mão de obra local é real. E não é para menos — com a chegada em massa de novas tecnologias, quem não se preparar pode ficar para trás.
Mas aqui vai um pensamento que me ocorreu durante os debates: será que estamos preparando as pessoas apenas para operar as novas tecnologias, ou também para questioná-las, melhorá-las e, quem sabe, criar as próximas inovações?
O futuro do trabalho no Maranhão — e no Brasil como um todo — depende dessa resposta. A Expo Indústria deixou claro que a hora de agir é agora, antes que o trem da inovação passe sem a gente.
