
Em uma época em que tomar banho quente era um luxo para poucos, um brasileiro teve uma ideia que mudaria para sempre os hábitos de higiene no país. Nos anos 1930, o engenheiro Francisco Canho desenvolveu o primeiro chuveiro elétrico, movido por uma necessidade pessoal: cuidar do pai doente, que precisava de água aquecida para seu conforto.
Como surgiu a ideia
Francisco Canho, natural de São Paulo, percebeu que os métodos tradicionais de aquecimento de água – como fogões a lenha ou aquecedores a gás – eram lentos e pouco práticos. Além disso, o custo e a complexidade desses sistemas os tornavam inacessíveis para a maioria da população.
Foi então que ele teve o insight de usar a eletricidade para aquecer a água diretamente no ponto de uso, eliminando a necessidade de reservatórios ou sistemas complexos. O primeiro protótipo foi instalado na casa de seu pai, e o sucesso foi imediato.
Como funciona o chuveiro elétrico
O chuveiro elétrico opera com um princípio simples, mas eficiente:
- A água fria passa por uma resistência elétrica que a aquece instantaneamente.
- Um sistema de segurança evita o superaquecimento e possíveis choques elétricos.
- O usuário controla a temperatura por meio de um regulador de vazão e potência.
Essa tecnologia, apesar de suas adaptações ao longo dos anos, mantém a essência da invenção original de Canho.
O legado de uma invenção brasileira
Hoje, o chuveiro elétrico é um item presente em mais de 75% dos lares brasileiros, segundo dados do IBGE. Sua popularidade se deve não apenas à praticidade, mas também ao baixo custo de instalação e manutenção em comparação com outros sistemas de aquecimento.
Além disso, o aparelho se tornou um símbolo da criatividade e engenhosidade brasileira, mostrando como soluções locais podem resolver problemas globais. Em muitos países com clima tropical, o modelo brasileiro de chuveiro elétrico começou a ser adotado como alternativa eficiente e econômica.
A próxima vez que você tomar um banho quente e relaxante, lembre-se: essa comodidade tem DNA brasileiro e nasceu de um gesto de amor filial.