BNDES investe milhões em carro voador brasileiro: futuro da mobilidade urbana decola
BNDES investe milhões em carro voador brasileiro

O futuro chegou de repente — e com propulsão elétrica. O BNDES acaba de colocar uma grana preta (e verde, já que é dinheiro público) num projeto que parece saído de ficção científica: um carro voador 100% brasileiro. Não é piada, não. A coisa é séria — e já tem até cronograma para decolar literalmente.

Dinheiro que voa

O banco de desenvolvimento anunciou um investimento de R$ 450 milhões na Eve Air Mobility, startup que nasceu dentro da Embraer. A empresa — que já tem até pedidos prévios de companhias aéreas — promete começar a operar em 2026.

"É um salto tecnológico que coloca o Brasil na vanguarda da mobilidade urbana", diz um entusiasmado diretor do BNDES, entre cifras e projeções otimistas. O negócio tem cheiro de aposta, claro, mas também de oportunidade única.

Como funciona o "táxi do céu"?

  • Veículo elétrico vertical (eVTOL na sigla chique)
  • Autonomia para 100 km — suficiente para cruzar o Rio de Janeiro de ponta a ponta
  • Velocidade máxima de 130 km/h (mais rápido que helicóptero, menos barulhento)
  • Decola e pousa como drone, sem necessidade de pista

Detalhe curioso: a Eve já tem 2.850 pedidos de encomenda. Parece que o mercado acredita — ou pelo menos não quer ficar para trás nessa corrida aérea.

Desafios além da tecnologia

Entre um cafezinho e planilhas de Excel, os executivos admitem: o maior obstáculo não é fazer o negócio voar, mas sim regulamentar essa novidade. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) já está de olho, criando normas específicas para essa categoria.

"É como inventar o avião de novo", brinca um engenheiro envolvido no projeto, enquanto ajusta simulações no computador. O clima na fábrica é de expectativa — meio "vai dar certo?", meio "claro que vai".

Enquanto isso, nas ruas de São Paulo, o trânsito continua parado. Quem sabe daqui a alguns anos, em vez de xingar o motorista da frente, estaremos reclamando do "zé que parou no meio do corredor aéreo".