Universo em desaceleração? Estudo sul-coreano desafia Nobel de 2011
Expansão do universo pode estar desacelerando, diz estudo

Um estudo revolucionário da Universidade Yonsei, na Coreia do Sul, está abalando os alicerces da cosmologia moderna. Publicado em 7 de novembro de 2025, a pesquisa sugere que a expansão do universo pode estar desacelerando, não acelerando como se acreditava há 27 anos.

O que muda na teoria cosmológica

A nova análise contesta diretamente a descoberta que rendeu o Prêmio Nobel de Física de 2011. Desde o final dos anos 1990, a comunidade científica defendia que o cosmos estava se expandindo cada vez mais rápido, impulsionado pela misteriosa energia escura.

Os pesquisadores sul-coreanos, no entanto, propõem uma revisão radical dessa interpretação. Eles argumentam que as supernovas do tipo Ia, usadas como "velas padrão" para medir distâncias cósmicas, podem ter propriedades diferentes no universo jovem que não foram consideradas anteriormente.

O problema das supernovas

O coração da controvérsia está na suposição de que todas as supernovas tipo Ia teriam a mesma luminosidade intrínseca. Segundo o novo estudo, as estrelas que originaram essas explosões no universo primitivo eram naturalmente menos luminosas.

"Ao corrigir esse viés nos dados", explicam os autores, "o quadro observado deixa de indicar aceleração e passa a sugerir uma expansão em desaceleração". Essa correção transformaria completamente nossa compreensão da dinâmica cósmica.

Implicações para o futuro do cosmos

Se confirmada, a desaceleração da expansão teria consequências profundas:

  • A energia escura estaria perdendo força ao longo do tempo
  • O universo poderia parar de se expandir e começar a se contrair
  • O cenário do Big Crunch - um colapso cósmico - voltaria à mesa

Esta hipótese representa um contraste dramático com a visão atual de um universo em expansão eterna e acelerada.

Repercussão na comunidade científica

Apesar do potencial revolucionário, a nova análise ainda não foi aceita pela maioria dos cosmólogos. A energia escura é um pilar fundamental do modelo cosmológico padrão há quase três décadas.

No entanto, o debate ganhou credibilidade adicional quando o consórcio DESI (Dark Energy Spectroscopic Instrument) reportou indícios semelhantes recentemente. Dois grupos independentes chegando a conclusões convergentes sugere que o assunto está longe de ser encerrado.

Os próximos meses prometem intensos debates e novas análises que podem redefinir nossa compreensão do destino final do universo. A cosmologia vive um de seus momentos mais emocionantes desde a descoberta original da expansão acelerada.