
Imagine tocar um meteorito de verdade ou pilotar uma nave espacial sem sair da sala de aula. Pois é exatamente isso que o AstroPoli oferece — e de graça! — para escolas públicas do interior baiano. O projeto, que parece saído de um filme de ficção científica, já percorreu mais de 15 cidades desde seu lançamento em abril.
Ciência que viaja em uma van
Nada daqueles museus sisudos com placas de "não toque". Aqui, a regra é mexer, experimentar e se surpreender. A equipe — três físicos e dois educadores mais animados que criança em parque de diversões — transforma qualquer espaço em um planetário portátil. "A gente já montou exposição até em quadra de escola sem teto", conta Rafael Moura, o idealizador.
Os destaques? Uma réplica da Lua que muda de fase conforme você anda ao redor e um simulador de buracos negros que deixa até os professores de queixo caído. "Nunca vi meus alunos tão concentrados", admite a diretora Maria Alves, de uma escola rural em Serrinha.
Por que isso importa?
- 82% dos estudantes atendidos nunca tinham visitado um museu de ciências
- O projeto já inspirou 7 alunos a escolherem carreiras científicas
- Cada visita gera material didático para os professores continuarem o trabalho
E tem mais: os organizadores criaram um concurso de desenhos astronômicos. Os vencedores terão seus trabalhos expostos — quem sabe — na próxima missão espacial brasileira! "É pra mostrar que o céu não é o limite", brinca Rafael, enquanto ajusta um telescópio improvisado com tubo de PVC.
Para 2026, a meta é atingir 50 escolas e incluir uma oficina de foguetes de garrafa pet. Alguém duvida que vão conseguir? Depois de ver a empolgação das crianças — e dos adultos — fica difícil não torcer por esse projeto que está fazendo mais pela ciência do que muitos laboratórios por aí...