BYD Quebra Sequência de Crescimento: Vendas de Carros Elétricos Têm Primeira Queda Desde a Pandemia
BYD: vendas caem pela 1ª vez desde 2020

Era uma sequência que parecia não ter fim. Trimestre após trimestre, a BYD mostrava números que deixavam o mercado automotivo boquiaberto. Mas eis que, no terceiro trimestre de 2025, a música parou.

Pela primeira vez desde 2020 — sim, você leu certo — as vendas globais da montadora chinesa recuaram. Uma queda de 1,5% entre julho e setembro, com 1,04 milhão de veículos entregues. Parece pouco? Talvez, mas o simbolismo é enorme.

O Que Aconteceu Com a Juggernaut Chinesa?

Analistas que acompanham o setor estão coçando a cabeça. A BYD vinha num ritmo alucinante, ultrapassando a Tesla como maior vendedora de carros elétricos do mundo. Agora, essa desaceleração pega todo mundo de surpresa.

"Ninguém esperava por isso", comenta um especialista do setor que prefere não se identificar. "Era como se a BYD fosse uma máquina imparável."

Os Números Que Contam a História

Vamos aos detalhes que importam:

  • 1,04 milhão de veículos vendidos no terceiro trimestre
  • Queda de 1,5% em relação ao mesmo período de 2024
  • Setembro teve desempenho particularmente fraco: 384.000 unidades
  • Recuo de 4% apenas no mês de setembro

Curiosamente — e isso é importante — as vendas de veículos totalmente elétricos até que se saíram melhor, com crescimento de 9%. O problema maior veio dos híbridos, que caíram 11%. Uma mudança no apetite dos consumidores?

Tempestade Perfeita ou Apenas um Respiro?

O mercado europeu parece ser o grande vilão dessa história. As novas tarifas de importação da União Europeia contra carros elétricos chineses chegaram como um balde de água fria. E a BYD sentiu o baque.

Mas será que é só isso? Alguns especialistas arriscam outras explicações:

  1. Saturação em mercados-chave - A China não consegue absorver infinitos carros elétricos
  2. Concorrência acirrada - A Tesla e outras marcas chinesas estão reagindo
  3. Questões econômicas globais - O consumidor mundial está mais cauteloso

"É como se a BYD tivesse chegado num platô", especula um analista. "O crescimento exponencial tem limites, mesmo para os mais bem-sucedidos."

E No Brasil, Como Fica?

Aqui nas terras tupiniquins, a BYD vem investindo pesado. Fábricas, pontos de venda, toda uma estrutura sendo montada. Mas essa notícia levanta questões importantes.

Será que o mercado brasileiro será suficiente para compensar as dificuldades na Europa? Ou vamos sentir os efeitos dessa desaceleração global por aqui também?

Uma coisa é certa: o mercado de veículos elétricos nunca foi tão interessante de se observar. E essa queda da BYD — ainda que pequena — mostra que até os gigantes tropeçam de vez em quando.

Resta saber se é apenas um solavanco na estrada ou o início de uma nova realidade para a indústria automotiva global.