Tempo seco no DF: especialistas soam o alarme e pedem vacinação urgente contra doenças respiratórias
Tempo seco no DF: vacinação vira prioridade de saúde

O céu azul e sem nuvens pode até enganar os desavisados, mas o ar pesado e aquele incômodo na garganta não mentem. O Distrito Federal está enfrentando uma daquelas secas brutais — daquelas que parecem sugar até a última gota de umidade do ambiente. E não é exagero. Os índices de umidade relativa do ar despencaram para níveis preocupantes, beirando os 15% em algumas regiões. Um verdadeiro alerta laranja, ou até vermelho, para a saúde da população.

E olha, não é só a pele que sofre. O sistema respiratório leva a pior. Com o ar seco, as vias aéreas ficam mais vulneráveis, irritadas — um campo fértil perfeito para vírus e bactérias se espalharem. Quem já tem asma, rinite, bronquite ou qualquer outra condição pulmonar sabe do que estou falando. A sensação é de estar respirando através de um canudinho fino.

Vacinação: não é opcional, é necessidade

Nesse cenário, a vacinação surge não como uma recomendação distante, mas como uma verdadeira âncora de segurança. A Subsecretária de Vigilância à Saúde, Divânia Dias, foi direta ao ponto: a baixa umidade do ar aumenta — e muito — o risco de transmissão de doenças respiratórias. E a gente não está falando só de um resfriado chato.

Influenza, Covid-19 e o Vírus Sincicial Respiratório (aquele que bagunça o pulmão das crianças pequenas) são os grandes vilões da temporada. A campanha de vacinação contra a influenza, por exemplo, já está rolando e é voltada prioritariamente para os grupos que mais sofrem:

  • Idosos com 60 anos ou mais
  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos
  • Gestantes e puérperas
  • Povos indígenas
  • Professores
  • Pessoas com comorbidades ou deficiência permanente
  • Profissionais de saúde e de segurança
  • Adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas
  • População privada de liberdade
  • Funcionários do sistema prisional

E aí, você já se vacinou? Se a resposta for não, talvez seja hora de repensar. A dose da Covid-19 também está disponível para esses mesmos grupos. É uma camada extra de proteção num momento que pede, no mínimo, cautela.

Além da vacina: como se blindar da secura

Claro, vacinar é crucial, mas não é a única arma no nosso arsenal. Pequenos ajustes no dia a dia fazem uma diferença absurda. Que tal:

  1. Hidratar, hidratar e hidratar. Água, sucos naturais, água de coco. O corpo pede líquido.
  2. Umidificadores de ar ou até uma bacia com água no quarto ajudam — e muito — a night.
  3. Evitar exercícios físicos pesados entre as 10h e as 17h, quando o sol está mais forte e o ar, mais seco.
  4. Lavar nariz e olhos com soro fisiológico pode aliviar aquela sensação de areia.
  5. E claro, manter ambientes arejados, mas sem exagerar na ventilação que só espalha poeira.

Parece básico? É. Mas é justamente o básico que a gente costuma negligenciar até que o problema bata à porta.

A previsão do tempo não traz boas notícias para os próximos dias. A massa de ar seco que cobre o centro do Brasil deve permanecer, mantendo a umidade baixa e o risco alto. Fica o alerta. Cuidar da saúde agora pode evitar sustos maiores lá na frente. Afinal, respirar é não negociável.