
O Maranhão é o estado brasileiro com o maior índice de subnotificação de óbitos de crianças menores de um ano, segundo dados divulgados pelo IBGE. O problema, que afeta diretamente a precisão das estatísticas de saúde pública, pode esconder falhas no sistema de atendimento e na cobertura de serviços básicos.
O que os números revelam?
De acordo com o levantamento, mais de 40% das mortes infantis no estado não são registradas oficialmente. Esse percentual é o mais alto do país e reflete desafios como a falta de acesso a hospitais, a dificuldade de comunicação entre comunidades remotas e os órgãos responsáveis, além da carência de profissionais qualificados para atestar os óbitos.
Impactos na saúde pública
A subnotificação prejudica a elaboração de políticas públicas eficazes, já que os dados oficiais não refletem a realidade. "Sem informações precisas, fica difícil direcionar recursos e ações para reduzir a mortalidade infantil", explica um especialista em saúde coletiva.
Quais as soluções?
- Fortalecimento da rede de saúde em áreas rurais e periféricas.
- Capacitação de agentes comunitários para identificar e reportar óbitos.
- Integração de sistemas de informação entre hospitais, cartórios e secretarias de saúde.
Enquanto isso, famílias maranhenses continuam enfrentando dificuldades para garantir o registro adequado de seus entes queridos, perpetuando um ciclo de invisibilidade estatística.