
Imagine chegar na unidade de saúde com dor de dente — daquelas que fazem você jurar que nunca mais come um doce — e descobrir que o sistema está mais lento que fila de banco em dia de pagamento. Pois é, essa tem sido a realidade na Unidade de Saúde da Família do Marajoara, em Cuiabá.
Desde terça-feira (5), a instabilidade na conexão de internet virou o pesadelo dos profissionais de saúde. "É como tentar fazer cirurgia com colher de pau", brincou (sem graça) uma enfermeira que preferiu não se identificar. O problema? Atendimentos demoram o dobro do tempo, agendamentos viram um caos, e os prontuários eletrônicos simplesmente decidem quando querem funcionar.
O que está acontecendo?
A Secretaria Municipal de Saúde confirmou que o problema é na rede de fibra óptica — aquela que deveria ser super-rápida, mas tá parecendo modem discado dos anos 90. E olha que irônico: a unidade fica a menos de 3 km do centro tecnológico da cidade.
Enquanto os técnicos correm contra o relógio (e a paciência da população), os profissionais improvisam:
- Anotações em papel velho de receituário
- Comunicação por WhatsApp com outras unidades
- Uso de dados móveis particulares — que ninguém sabe se vão ser ressarcidos
"Já perdi dois dias de trabalho tentando marcar exames simples", reclama Dona Maria, 62 anos, que precisa de acompanhamento para diabetes. E ela não é exceção — pelo menos 15 atendimentos diários estão sendo remarcados.
E agora, José?
A prefeitura prometeu que até sexta-feira (8) o problema estaria resolvido. Mas sabe como é promessa de político, né? Enquanto isso, a recomendação é:
- Levar documentos impressos
- Chegar com 1h de antecedência
- Ter paciência de santo — ou pelo menos de quem já enfrentou fila de INSS
Ah, e se você tá pensando em reclamar no Twitter... melhor não. A unidade mal consegue enviar e-mail, quem dirá responder rede social.