
Pois é, galera. A Anvisa acabou de dar um puxão de orelha em várias marcas de produtos capilares. A coisa é séria — oito itens foram sumariamente banidos do mercado brasileiro. E olha que não é por qualquer coisinha não.
O que aconteceu, basicamente, é que a agência descobriu um verdadeiro festival de irregularidades. Alguns produtos continham substâncias que simplesmente não podem ser usadas em cosméticos — ponto final. Outros traziam componentes em quantidades absurdamente acima do permitido. Uma bagunça geral.
Lista negra: veja quais produtos caíram na malha fina
Agora vem o que interessa. Se você tem algum desses na sua prateleira do banheiro, melhor dar um sumiço:
- Botox Capilar - Hair Recovery (da M&N Comércio de Cosméticos)
- Botox Capilar - Mega Hair (também da M&N)
- Botox Capilar - Reconstrutor (sim, outra da mesma marca)
- Botox Capilar - Reconstrutor (da M&N, mas outra versão)
- Botox Capilar - Reconstrutor (mais uma, pra não deixar dúvidas)
- Botox Capilar - Reconstrutor (da M&N, e olha que são várias)
- Botox Capilar - Reconstrutor (da M&N, e pasmem: tem mais)
- Botox Capilar - Reconstrutor (última da M&N, ufa!)
Perceberam o padrão? Pois é. A M&N praticamente monopolizou a lista de proibições. Sete dos oito produtos vetados saíram dessa mesma empresa. Algo cheira mal — e não é só a fórmula irregular.
O que tinha de tão errado assim?
Aqui a coisa fica técnica, mas vou simplificar. Dois componentes foram os grandes vilões:
- Chumbo — esse a gente conhece de ouvir falar, né? Metal pesado que não deveria estar perto do nosso corpo, muito menos no cabelo.
- Formaldeído — também conhecido como formol, que tem seu uso extremamente restrito pela Anvisa justamente pelos riscos que oferece.
O problema é que esses componentes não eram "um pouquinho" acima do limite. Em alguns casos, as concentrações eram verdadeiramente assustadoras. Tipo, daquelas que fazem você pensar "mas como alguém teve a coragem de vender isso?".
E agora, o que fazer?
Primeiro: não entre em pânico. Se você usou algum desses produtos uma ou duas vezes, provavelmente está tudo bem. O risco maior é para quem usava com frequência — aí sim, a exposição prolongada pode trazer problemas.
Segundo: jogue fora qualquer um desses que encontrar pela casa. Não vale a pena arriscar. Melhor prevenir que, como diz minha avó, ter que ser o doutor depois.
Terceiro: fique de olho nas embalagens. A Anvisa exige que os produtos tragam todas as informações claramente, incluindo a lista completa de ingredientes. Desconfie de promessas milagrosas — se parece bom demais pra ser verdade, provavelmente é.
O que me preocupa, sinceramente, é quantos produtos irregularizados ainda circulam por aí. Essa fiscalização da Anvisa foi em outubro, mas só agora a informação chegou com força ao público geral. Quantas pessoas continuaram usando esses produtos sem saber do risco?
Enfim, o recado está dado. Cabelo bonito é importante, mas saúde vem sempre em primeiro lugar. E quando a Anvisa fala, é melhor a gente ouvir — eles não costumam proibir produtos à toa.