
As bonecas conhecidas como bebês reborn, que imitam com impressionante realismo crianças de verdade, estão no centro de um debate sobre os limites entre hobby e exploração infantil nas redes sociais.
O fenômeno das bonecas hiper-realistas
Produzidas artesanalmente com materiais como silicone e vinil, essas bonecas podem custar milhares de reais e são frequentemente tratadas como bebês reais por seus donos. O que começou como terapia para mulheres que perderam filhos ou não podem conceber, agora preocupa especialistas.
Quando o hobby vira problema
Psicólogos alertam que algumas contas nas redes sociais:
- Criam narrativas complexas em torno das bonecas
- Reproduzem situações de vulnerabilidade infantil
- Podem normalizar a exploração de crianças reais
O lado sombrio das redes sociais
Muitos perfis dedicados aos bebês reborn apresentam cenários preocupantes:
- Bonecas "doentes" para angariar likes
- Histórias fictícias de abandono ou adoção
- Competição por atenção com pais de crianças reais
"Quando a fantasia invade espaços que deveriam ser de proteção à infância, precisamos refletir", afirma a psicóloga infantil Mariana Torres.
O impacto na saúde mental
Especialistas em saúde mental destacam que:
- O uso excessivo pode indicar dificuldades emocionais
- Pode criar expectativas irreais sobre a maternidade
- Em casos extremos, substitui interações sociais reais