Tragédia em Florianópolis: Enfermeira reloca o desespero ao atender criança já sem vida
Tragédia em Florianópolis: criança é encontrada sem vida

O dia começou como qualquer outro no sul da ilha. O vento balançava suavemente as palmeiras, e o ritmo calmo de uma manhã de segunda-feira em Florianópolis escondia a tragédia que estava prestes a se revelar. Nada – absolutamente nada – poderia ter preparado a equipe de socorro para o que encontrariam.

E foi uma enfermeira, com anos de estrada e uma coleção de casos difíceis na memória, quem se deparou com a cena mais angustiante de sua carreira. Ao chegar ao local, o silêncio já era um mau presságio. "Às vezes, a gente sente... não é algo que se explique, é uma energia", confessa ela, preferindo manter o anonimato. A realidade, crua e incontestável, era que a criança já estava sem vida.

Os minutos que pareceram uma eternidade

O protocolo manda agir. Coração acelerado, mãos que trabalham quase que automaticamente, movidas por anos de treinamento. Mas como descrever a sensação de saber que todos os esforços são, na verdade, uma formalidade? A profissional relata que o desespero da família ecoava ao redor, um som que, tenho certeza, vai ficar marcado na mente de todos os presentes por muito, muito tempo.

É um daqueles momentos em que o chão parece sumir. Você se agarra ao procedimento, à técnica, a qualquer coisa que ofereça um mínimo de controle em uma situação que é, por natureza, completamente fora de controle. E no meio de todo aquele caos, uma pergunta pairava no ar, não dita, mas sufocante: o que aconteceu aqui?

Além do choque: a busca por respostas

As autoridades foram acionadas imediatamente – óbvio. Agora, o que se segue é a parte meticulosa e dolorosa: investigar. Desvendar os eventos que levaram a esse desfecho tão trágico e precoce. A polícia já está a par de tudo, colhendo depoimentos e reunindo as peças desse quebra-cabeça horrível.

A comunidade de Florianópolis, aquela que normalmente vibra com o sucesso do time no campeonato ou se orgulha das praias imaculadas, hoje está de luto. Um baque desses mexe com todo mundo. Vizinhos, amigos, até quem não conhecia a família se sente atingido por uma onda de solidariedade e, vamos ser honestos, de um medo surdo.

Esse tipo de coisa não era para acontecer. E a gente fica aqui, se perguntando como seguir em frente depois de uma notícia dessas. A verdade é que não há palavras que confortem de verdade. Resta-nos, talvez, aprender com a dor alheia e redobrar a atenção com aqueles que mais amamos. Porque no fim das contas, é tudo o que a gente tem.