Filho de Viih Tube sofre queimadura grave: entenda os riscos para bebês
Filho de Viih Tube sofre queimadura de 2º grau na mão

A influenciadora digital Viih Tube revelou estar vivendo um estresse pós-traumático após um grave acidente com seu filho, Ravi, de um ano. A criança, fruto do relacionamento com Eliezer, precisou ser internada e passar por uma cirurgia depois de sofrer uma queimadura de segundo grau na mão. O acidente aconteceu quando o bebê encostou a mão no motor de um buggy.

O que caracteriza uma queimadura de segundo grau

Imagens divulgadas pela família mostraram a mão do pequeno Ravi coberta por bolhas, um sinal claro de que a lesão foi além da camada mais superficial da pele. A dermatologista Sarah Thé Coelho, pós-graduada pelo Hospital Israelita Albert Einstein, explica que este tipo de queimadura atinge não só a epiderme, mas também a derme, a camada logo abaixo.

"É isso que a torna mais profunda do que a queimadura de primeiro grau, que costuma causar apenas vermelhidão e ardor", afirma a especialista. Ela completa que as queimaduras de terceiro grau são ainda mais severas, pois destroem todas as camadas da pele e podem afetar estruturas profundas.

As bolhas, comuns nesse tipo de lesão, nem sempre aparecem de imediato. Elas indicam que houve uma separação entre as camadas da pele, com acúmulo de líquido inflamatório. "É um sinal fisiológico de que a queimadura foi mais profunda do que uma lesão superficial", diz Sarah. A dor tende a ser mais intensa porque a derme concentra terminações nervosas e pequenos vasos sanguíneos.

Por que os bebês correm mais risco com queimaduras

A médica alerta que, em crianças pequenas, mesmo queimaduras que parecem limitadas exigem atenção redobrada. A pele infantil é mais fina e sensível, o que facilita a penetração do calor em camadas mais profundas. Além disso, há um risco maior de infecção, já que a perda da barreira natural da pele a deixa mais vulnerável.

"Quando essa proteção se rompe, o risco de complicações aumenta, e o controle da inflamação se torna mais difícil", explica a dermatologista. "Por isso, qualquer queimadura em bebês pode se tornar mais grave."

Sarah destaca que, embora a pele da criança tenha grande capacidade de regeneração, o processo inflamatório é mais rápido. Se o tratamento não for adequado desde o início, crescem os riscos de cicatrizes permanentes e retrações, especialmente em áreas funcionais como as mãos.

O papel da cirurgia de desbridamento

No caso de Ravi, o tratamento clínico não foi suficiente, necessitando de uma intervenção cirúrgica. A cirurgia de desbridamento foi indicada por haver tecidos mortos ou muito danificados. "O procedimento remove essas áreas, que impedem a cicatrização adequada e elevam o risco de infecção", esclarece Sarah.

Mais do que retirar a pele comprometida, o desbridamento prepara o local para a cicatrização. "Ele reduz a inflamação, diminui complicações e permite que a pele saudável se regenere melhor", afirma. As mãos, segundo a médica, exigem cuidado especial por terem muitas articulações, dobras e estarem em uso constante. "Isso aumenta tanto o risco de infecção quanto de uma cicatrização inadequada, que pode levar à limitação de movimentos."

Após o procedimento, a pele pode se regenerar totalmente, o que acontece com mais facilidade em crianças. No entanto, o resultado final depende da profundidade da queimadura e do rigoroso acompanhamento médico. Existe, sim, o risco de cicatrizes permanentes ou restrição de movimento, sobretudo nas mãos.

Para prevenir sequelas, são necessários curativos adequados, acompanhamento dermatológico e, em alguns casos, fisioterapia. "O cuidado correto desde o início faz toda a diferença no resultado final", conclui a dermatologista. O caso do filho de Viih Tube e Eliezer serve como um alerta importante para os perigos domésticos e a necessidade de supervisão constante dos pequenos.