
Parece que o Ceará resolveu declarar guerra contra as doenças preveníveis. E olha, a batalha promete ser intensa. A partir desta segunda-feira, os 184 municípios cearenses abriram as portas dos postos de saúde numa verdadeira operação de resgate da carteirinha de vacinação.
Não é exagero dizer que temos aí uma corrida contra o relógio. A situação é clara: enquanto algumas pessoas ainda discutem vacinas nas redes sociais, o governo estadual resolveu agir. E como!
Quem pode se vacinar e o que está disponível
A campanha mira especificamente na galera mais jovem - crianças e adolescentes até 15 anos. A escolha não é à toa. São justamente essas faixas etárias que acumulam os maiores atrasos vacinais pós-pandemia. E olha, a lista de imunizantes disponíveis é daquelas que impressiona:
- Vacina contra sarampo, caxumba e rubéola (a tríplice viral)
- Proteção contra difteria e tétano
- Imunização contra hepatites A e B
- Vacina contra HPV
- Proteção contra meningite
- E mais uma dúzia de outras
No total, são 18 tipos diferentes de vacinas. Uma verdadeira armaria contra doenças que, convenhamos, já deveriam estar apenas nos livros de história.
Por que a pressa?
Bom, se você acompanha as notícias, já deve ter percebido que algumas doenças estão dando as caras novamente. Sarampo, por exemplo - aquela que a gente quase não ouvia falar - voltou a assustar em alguns cantos do país.
E tem mais: a cobertura vacinal no Ceará, assim como no resto do Brasil, não está nada boa. Dados da Secretaria de Saúde mostram que algumas vacinas chegam a ter menos de 50% do público-alvo imunizado. Metade! É como construir um muro pela metade e esperar que ele segure a enchente.
A coordenadora de imunização do estado, Carmem Osterno, foi direta ao ponto: "Temos que correr atrás do prejuízo. Cada dia sem vacinar é um risco que não podemos correr".
Como funciona na prática
A estratégia é simples, mas esperta. Os postos de saúde vão funcionar em horários estendidos durante a semana. E tem mais: no sábado, dia 19 de outubro, acontece o famoso Dia D de mobilização.
Mas atenção: não é só chegar e pedir qualquer vacina. Os profissionais de saúde vão avaliar a caderneta de cada criança ou adolescente. Só aplicarão as doses que estiverem em atraso. É personalizado, direitinho.
E para quem perdeu a carteirinha? Sem problemas. O sistema consegue verificar o histórico de vacinação. Nada de desculpas!
Parece básico, mas é fundamental: os pais ou responsáveis precisam acompanhar os menores de idade. E levar a carteirinha, claro. Mesmo que esteja meio surrada no fundo de alguma gaveta.
Além das crianças
A campanha também inclui a atualização da vacina contra febre amarela para pessoas de qualquer idade que ainda não tenham se imunizado. E tem a tríplice viral para adultos de 20 a 59 anos que estejam com alguma dose pendente.
É aquela velha história: prevenir é melhor - e mais barato - que remediar. Enquanto uma dose de vacina custa alguns reais ao sistema público, tratar uma doença como sarampo ou meningite pode custar milhares.
No fim das contas, o que está em jogo aqui vai além de estatísticas. É a saúde das nossas crianças, a tranquilidade das famílias e, por que não dizer, o futuro do estado. Como dizia minha avó: melhor vacina no braço que doença no corpo.
E você? Já checou a carteirinha do seu filho hoje?