Dança vira terapia: mulher de Campinas enfrenta câncer de mama duas vezes com leveza e movimento
Dança ajuda mulher de Campinas a enfrentar câncer duas vezes

Quem vê os movimentos graciosos de Maria hoje, dificilmente imagina a batalha que se esconde por trás de cada passo. Campinas, outubro de 2025 - e a vida tece suas histórias mais duras com fios de surpresa. Dois diagnósticos de câncer de mama, sabe? A vida prega essas peças que a gente nunca espera.

O primeiro veio em 2019. Aquele baque que paralisa, aquele susto que congela a alma. Mas ela enfrentou, tratou, achou que tinha vencido. A vida seguiu, com seus altos e baixos normais. Até que, em 2024, o inesperado: um novo tumor, diferente do primeiro. Dessa vez, o tratamento seria paliativo.

Quando a música entra em cena

E foi aí que a dança apareceu - quase por acaso, como essas coisas que mudam tudo sem fazer alarde. "No começo era só um jeito de não pensar", ela conta, com aquela voz mansa de quem já chorou rios. "Mas virou minha âncora, minha forma de falar com o corpo quando as palavras faltam."

Os médicos até estranharam no início. Tratamento paliativo e dança? Mas os resultados falaram mais alto: a qualidade de vida dela deu um salto. A fisioterapeuta que a acompanha não esconde o espanto: "É impressionante como a dança trabalha tudo - o físico, o emocional, até aquela conexão consigo mesma que a doença tenta roubar".

Os pequenos milagres cotidianos

Não são só os passos de dança, claro. Tem toda uma rede de apoio por trás - família que não larga do pé, amigos que insistem em visitar mesmo quando ela não tem ânimo, e aqueles profissionais de saúde que viram quase família.

E o que ela diz para outras mulheres que estão nessa estrada difícil? "Não existe fórmula mágica, cada uma encontra seu jeito de enfrentar. O meu foi a dança, mas pode ser qualquer coisa que faça seu coração bater mais forte."

Enquanto isso, em Campinas, os passos de Maria continuam - nem sempre firmes, às vezes hesitantes, mas sempre em movimento. Porque no fundo, ela descobriu que a vida não é sobre esperar a tempestade passar, mas sobre aprender a dançar na chuva. E que dança!